O Brasil é menos produtivo que o México ou que a Argentina, proporcionalmente. A afirmação é do gerente executivo da Unidade de Inovação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Jefferson Gomes. Também professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), segundo ele, para mudar esse quadro é necessário investir em inovação.
Durante o painel “Inovação Aberta e o conceito de Redes Distribuídas”, que abriu a Open Innovation Week nesta segunda (25), em São Paulo (SP), o professor afirmou que o SENAI trabalha para transformar a maneira de se promover o tema nas indústrias do Brasil. Uma das iniciativas nesse sentido é justamente a realização do primeiro Grand Prix SENAI de Inovação, que acontece até a próxima quarta (27).
“A gente vive numa cultura em que o meu pensamento, se for diferente do seu, é colocado como uma coisa ruim. Mas o desenvolvimento de produtos se dá justamente ao congregar divergências. Por isso colocamos pessoas diferentes, de perfis diversos, para trabalhar em equipe e desenvolver ideias”, disse Gomes. Para Jefferson, os dois lados ganham com o Grand Prix. “As empresas, com as ideias inovadoras, e os participantes, que aprendem a criar num ambiente tão divergente”, completou.
INSTITUTOS DE INOVAÇÃO – O professor também ressaltou a importância dos Institutos SENAI de Inovação. O Brasil terá 24 unidades, desenvolvidas em parceria com o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, que ajudou a elaborar o planejamento, o dimensionamento e o gerenciamento dos institutos. Outra parceria de peso foi com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que auxiliou na criação de zonas de inovação – ambientes onde empreendedores encontram recursos tecnológicos e financeiros, além de possibilidades de estabelecer parcerias com outros atores interessados em inovar.
O início das atividades da rede de institutos possibilitará que os investimentos em inovação pela indústria brasileira sejam mais efetivos. A primeira unidade, em Curitiba, foi inaugurada em setembro deste ano (confira mapa abaixo). Nos institutos, as empresas poderão complementar o trabalho de seus próprios centros de desenvolvimento com os do SENAI, tendo assim respostas mais rápidas e mais econômicas para seus projetos de produtos e serviços inovadores.
(CNI – 25/11/2013)