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Reajuste na energia em agosto voltará a impactar inflação, aponta IBGE

Reajustes na tarifa de energia elétrica e na taxa de água e esgoto vão pressionar novamente a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto. A informação é da coordenadora de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.

“Em agosto, mais uma vez a gente vai ter a pressão da energia elétrica, com reajuste em algumas regiões e da taxa de água e esgoto também, que vai pressionar o resultado do índice”, analisou a coordenadora.

Em julho, o IPCA ficou 0,62%, e registrou o valor mais elevado para o sétimo mês do ano desde 2004, influenciado principalmente pelo aumento na conta de luz em Curitiba (11,40%) e São Paulo (11,11%).

“Nesse ano, tem impressionado muito esses resultados [aumento dos itens monitorados e administrados pelo governo]. A energia elétrica já passou de 70% o aumento, e tem sido o item de peso [em 2015] no custo de vida das famílias”, acrescentou.

Segundo Eulina Nunes, os aumentos na conta de luz ocorreram no dia primeiro de agosto em Vitória, no Espírito Santo, aumento de 2,52%, e Belém, 7,47%, a partir do desta sexta-feira (7). Em Brasília, também haverá avanço no preço da energia neste mês, no entanto, a entidade não soube informar o percentual e a data que isso ocorrerá.

“Em agosto do ano passado, foi 0,25% a taxa [da inflação]. Foi relativamente baixa para aquele ano, mas não foi igual a junho e julho. E na verdade, não são tantos reajustes também [em comparação com os demais meses] e vai depender do vestuário, que já estava caindo”, completou.

Eulina Nunes analisou ainda que o peso do aumento do dólar, a moeda operava nessa sexta acima de R$ 3,50 pelo segundo dia seguido, “vai depender da reação dos agentes econômicos. É sabido que a queda na indústria é grande, que o comércio não está vendendo”, concluiu.

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,56%, o mais elevado desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%. O resultado está bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%.

No ano, a inflação subiu 6,83% e também foi recorde para o período desde 2003, quando atingiu 6,85%.

A estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro indica que o IPCA fechará o ano em 9,25%. Se confirmado este índice para 2015, será a maior inflação desde 2003 (9,3%).

De acordo com o IBGE, a energia elétrica, que ficou 4,17% mais cara, foi o item que mais contribuiu individualmente no aumento geral de preços em julho. Além das contas de luz, as de água e esgoto também ficaram, em média, 2,44%.

Taxa de água esgoto

Outro item que tem bastante peso no bolso das famílias, a tarifa de água e esgoto, também impactará a inflação de agosto, segundo Eulina Nunes. No Rio de Janeiro, a taxa ficou 9,98% mais cara desde o dia primeiro de agosto, apontou o IBGE.

Ainda na capital fluminense, houve reajuste de 8,54% no dia 3 de agosto. De acordo com a coordenadora, no entanto, “não pesa tanto quanto a água e esgoto”. O gás encanado no Rio também aumentou no dia 3 deste mês, 2,62%.

(G1 – 07/08/2015)

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