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Petrolíferas querem barril acima de US$ 100 para financiar megaprojetos

Por trás da arrogância e presunção típicas do setor, os líderes globais da indústria de petróleo, reunidos esta semana em uma grande conferência do setor nos Estados Unidos, expressaram uma sensação palpável de temor em relação ao aumento dos custos dos seus principais projetos de óleo e gás.

“Todos nós estamos enfrentando novas realidades e pressões”, disse John Watson, presidente da Chevron Corp., CVX +0.37%a um salão abarrotado de homens de terno e uma ou outra mulher. “Os custos trabalhistas e de capital dobraram ao longo dos últimos dez anos.”

Para arcar com o preço crescente da extração de combustíveis fósseis, a indústria precisa que o preço do barril petróleo se mantenha em três dígitos, advertiu Watson. “O barril de US$100 é o novo US$ 20”, disse ele — uma declaração preocupante, já que os preços globais do petróleo não têm estado na faixa de US$ 20 desde 2002. Considerando que em uma época as preocupações se concentraram na aparente falta de novos grandes campos de petróleo e gás natural, o tema recorrente na edição deste ano do evento IHS CERAWeek, um dos mais importantes do setor, é o crescente custo desses grandiosos campos. Os executivos “estão otimistas com relação aos recursos e preocupados com os custos”, disse William Maloney, diretor executivo responsável pela produção na América do Norte da petrolífera estatal norueguesa Statoil STL.OS +0.56%ASA. A indústria do petróleo pensa grande e gaba-se de assumir desafios quase impossíveis. Perfurar petróleo em águas com mais de 3.200 metros de profundidade no topo de uma plataforma do tamanho de um arranha-céu? Sim, isso já é possível. Criar uma planta industrial para resfriar gás natural em um país sem infraestrutura mensurável? Isso está acontecendo. Em discursos e conversas, os executivos falam rotineiramente de projetos com custos estimados de US$ 40 bilhões ou mais. Para título de comparação, US$ 40 bilhões equivale à produção econômica total do Quênia e é mais do que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou como orçamento do Departamento de Segurança para o próximo ano.

(The Wall Sreet Journal, 07/03/2014)

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