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Inovação é a principal fonte para o crescimento da indústria, diz Thomas Heller

Thomas Heller“Não existe uma limitação entre o crescimento e o meio ambiente. O que move o capital privado é a perspectiva de um futuro brilhante” – Thomas Heller seloVencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007 e especialista em política climática, o professor norte-americano Thomas Heller destacou que a inovação será a principal fonte de crescimento para indústria. Segundo ele, as empresas que não se adequarem às novas realidades, que envolvem a conservação do meio ambiente aliada a técnicas alternativas de produção, não sobreviverão. “Aqueles que chegarem mais tarde vão ser jogados para fora do mercado. Não é uma historia fácil ou confortável. Teremos várias mudanças no mercado de trabalho. Isso vai regenerar o crescimento que no mundo todo se tornou vagaroso”, afirmou. Thomas Heller fez a palestra de abertura da terceira edição do encontro CNI Sustentabilidade, na manhã desta quarta-feira (20), no Hotel Sofitel, no Rio de Janeiro. Uma boa notícia, segundo ele, é que, embora a ciência seja praticamente a mesma de 20 anos atrás, ela se tornou mais esclarecida a medida que os cientistas aprenderam mais sobre as mudanças climáticas. O palestrante ponderou que não há incompatibilidade entre o aumento da produtividade e a conservação ambiental. “Não existe uma limitação entre o crescimento e o meio ambiente. O que move o capital privado é a perspectiva de um futuro brilhante. E a fonte principal de crescimento é a inovação”, frisou.
EMISSÃO DE GASES – Convidado pela CNI para participar do evento, o especialista mencionou que a atual política climática que reduz os riscos ao meio ambiente “funciona”. Ele alertou, no entanto, que ainda há muito a ser feito para que as emissões de gases poluentes sejam reduzidas e que o processo de mudanças será longo. Heller alertou que o mundo terá que responder a “problemas que existiram nas maneiras anteriores que usamos para a produção”.
“Precisamos entender que a maneira como produzimos no passado será ineficiente no futuro. Muitas políticas (climáticas) foram criadas, mas seus efeitos ficaram escondidos pelo crescimento muito substancial que temos visto na Ásia e no mundo emergente. Esse crescimento aumentou a demanda energética e são países que usam energia de carvão, por isso houve aumento substancial nas emissões (de gases poluentes)”, enfatizou. O especialista defende a manutenção das políticas climáticas e alertou que a questão tende a ser aprimorada na conferência da ONU sobre mudanças climáticas de Paris (COP 21), marcada para 2015 na capital francesa – os acordos começarão a ser construídos em dezembro de 2014, em Lima, durante a COP 20. Heller, no entanto, considera que as mudanças virão muito mais por iniciativas do setor econômico do que propriamente por acordos políticos. “A política tem que mudar, mas o setor econômico é que será decisivo.”
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL – Como recado final, Heller frisou que há maneiras para os países crescerem de forma sustentável. “Se realmente queremos resolver os problemas climáticos, temos que tirar o pé do freio, enfrentar o futuro e entender que não será simples, mas essa é a única maneira de crescermos nossas economias.”
O norte-americano falou ainda sobre casos específicos de preocupações atuais, como o da China. “Não sei se alguém aqui foi à China recentemente. A poluição do ar no país é algo praticamente intolerável. Não sei o que vão fazer em relação a isso”, disse.
(Agência Indusnet Fiesp – 20/08/2014)

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