O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse nesta sexta-feira (27) que a inflação no país está “controlada” apesar dos “choques de preço” nos mercados doméstico e internacional. Segundo Holland, o governo trabalha para “manter o quadro de estabilidade dos preços”. Ele falou durante apresentação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento, no qual o Ministério do Planejamento anunciou que, até o final de abril, 95,5% das obras previstas para o período de 2011 a 2014 foram concluídas. “Inflação está controlada a despeito de choques de preço doméstico e internacional”, disse o secretário. “A inflação brasileira vem se acomodando mês após mês e para julho desse ano teremos um IPCA de 0,34%, segundo previsão do mercado”, completou. O secretário disse que há dez anos o país tem mantido a taxa de inflação dentro do centro da meta. Para 2016, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a meta de inflação em 4,5% (com dois pontos percentuais de tolerância para baixo ou para cima). Ao comentar os resultados do PAC 2, Holland disse que o Brasil deverá experimentar um “novo ciclo de crescimento sustentável” nos próximos anos graças à agenda de investimentos em infraestrutura traçada pelo governo. A taxa de investimentos no país vem crescendo em média o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) e tem registrado alta 7,5% ao ano, conforme o secretário. Os números mostram, afirmou, que o Brasil está “resistente” diante do cenário externo desfavorável.
“Tivemos momentos de volatilidade internacional que afetaram o humor do mercado financeiro em geral. A despeito disso, o Brasil, vem apresentando crescimento moderado”, disse. “O investimento no Brasil cresceu mesmo nesse cenário de adversidade. O Brasil tem mostrado resistência grande porque temos esses investimentos autônomos e essa movimentação do mercado interno, que é dinâmico”. A estimativa de crescimento do PIB para este ano feita pelo Ministério da Fazenda e presente no Orçamento deste ano é de 2,5%. Em 2013, o PIB brasileiro cresceu 2,5%.
(G1 – 27/06/2014)
