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Indústria terá período ‘errático’, dizem analistas

O otimismo que marcou a indústria no segundo trimestre e o avanço expressivo do setor especialmente em junho se converteram em incerteza e na expectativa de uma fase de retração de junho a setembro. Os motivos são um primeiro impacto negativo do câmbio –que eleva custos com insumos importados até que se busquem substitutos nacionais–, recrudescimento da inflação com o dólar mais elevado e consumo mais deprimido diante de renda e emprego em desaceleração. As manifestações no Brasil e as incertezas no cenário global com piora dos mercados também reduziram a confiança de empresários, algo já detectado em sondagens da FGV e da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Diante desses fatores, analistas veem uma produção industrial “errática” nos próximos meses e estimam que o IBGE divulgará hoje uma retração do setor superior a 1%. A Tendências estima queda de 1,1% em julho, após alta de 1,9% em junho. A Rosenberg & Associados prevê recuo ainda maior: 2,3% ante junho. Para Rafael Bacciotti, economista da Tendências, a alta do dólar pode conter mais o consumo, já afetado pelo mercado de trabalho em desaceleração. Armando Castelar, economista da FGV, diz que o investimento, destaque do segundo trimestre, não deve repetir o desempenho por causa da menor confiança de empresários e da alta do dólar. Ambos consideram, porém, que a longo prazo o real depreciado ajuda a indústria, ao baratear produtos brasileiros, melhorar a competitividade e elevar a produtividade –uma vez que a receita crescerá e uma parcela menor será destinada ao pagamento de salários.

(Folha de S.Paulo, 03/09/2013)

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