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Indústria brasileira precisa de câmbio competitivo como política de Estado, diz diretor da Abimaq

Para reindustrializar o Brasil, é importante um câmbio competitivo e administrado, superior a R$ 3,60, afirmou nesta segunda-feira (10/8) o diretor de Competitividade e Economia Estatística da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini.

“O Brasil precisa de um câmbio competitivo não por efeito do acaso, como aconteceu até agora, mas como política de Estado”, disse Bernardini ao participar da reunião do Conselho Superior de economia (Cosec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ele defendeu ainda que a competitividade através do câmbio é uma medida de curto prazo para a alavancagem da indústria brasileira. “Mas isso me dá tempo para voltar a ter margem para investir enquanto alguém começa a baixar, sistematicamente, os itens do Custo Brasil”.

Ainda segundo Bernardini, a depreciação do real ante o dólar vista nos últimos meses pode ser um engano. “Na verdade, não desvalorizamos o Real, mas o dólar valorizou. O que está acontecendo aí é o mercado que está fazendo.”

Brasil x Mundo

O tema da reunião do Cosec desta segunda-feira foi a competividade e produtividade da indústria brasileira. Bernardini apresentou um estudo comparativo da Abimaq de casos brasileiros com situações de produção e gestão semelhantes na Alemanha, China e Estados Unidos.

Segundo o estudo, os Estados Unidos têm uma produtividade 46% superior em relação à China. A Alemanha é 48% mais produtiva, enquanto o Brasil é 50% superior em produtividade, considerando quilos de máquina por homem/hora, em comparação com o país asiático.

“Isso mostra que, se devidamente treinados, os brasileiros produzem tanto quanto o alemão, desde que deem a eles os recursos produtivos equivalentes.”

O estudo avaliou pelo menos cinco grandes fábricas com instalações no Brasil, Alemanha, China e Estados Unidos.

A comparação dos custos industrias, no entanto, deixa o Brasil em desvantagem. O mesmo produto que tem custo de produção de US$ 100 na China, custa US$ 122 na Alemanha e US$ 137 no Brasil, uma diferença de 12% com relação à nação europeia. Nos Estados Unidos, o mesmo produto chega ao valor de US$ 139.

(Agência Indusnet Fiesp – 10/08/2015)

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