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Indicador de produção industrial melhora, mas setor ainda tem queda

O indicador de produção industrial avançou de 48,2 pontos em agosto para 49,7 pontos em setembro deste ano, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (23), com base em pesquisa feita com 2.112 empresas do país entre 1º e 10 de outubro. Apesar de ser o maior índice desde outubro do ano passado, quando somou 54,5 pontos, o valor indica ligeira queda da produção, pois, apesar de ficar próximo, ainda não ultrapassou a barreira dos 50 pontos. Somente valores acima de 50 pontos indicam “evolução positiva”, informou a CNI. Para a entidade, pelo fato de estar muito próximo de 50 pontos, o índice mostra “estabilidade” da produção industrial em setembro deste ano.

“Esse cenário negativo continua a impactar o emprego. Apesar do aumento (46 pontos em agosto para 46,8 pontos em setembro), o índice do número de empregados ainda está abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que denota queda. Ressalte-se, contudo, que é o segundo aumento consecutivo do índice”, informou a CNI.

Estoques e uso do parque fabril
De acordo com o levantamento, o indicador de estoques efetivos em relação ao planejado caiu para 51,3 pontos em setembro, contra 52,2 pontos em agosto. Indicadores acima de 50 pontos indicam estoques acima do planejado, informou a entidade.

“A utilização da capacidade instalada efetiva [nível de uso do parque fabril] em relação ao usual aumentou pelo quarto mês consecutivo e ficou em 42,5 pontos, mas permanece abaixo de 50 pontos. Ou seja, a utilização da capacidade instalada está abaixo do usual, mas está se aproximando desse nível”, informou a CNI.

Satisfação dos empresários
A pesquisa mostra ainda que o índice de satisfação dos empresários com o lucro operacional avançou de 39,3 pontos em agosto para 41,2 pontos em outubro, ao mesmo tempo em que a satisfação com a situação financeira passou de 44,6 pontos para 45,9 pontos.

“Embora permaneçam abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa a satisfação da insatisfação, os dois indicadores são superiores ao registrado no segundo trimestre deste ano”, acrescentou a Confederação Nacional da Indústria. Por outro lado, o levantamento mostra que o acesso ao crédito ficou mais difícil em outubro, quando o índice somou 37,6 pontos, contra 38,3 pontos em agosto. “Os empresários também avaliam que os preços das matérias-primas aumentaram de forma mais intensa do que no último trimestre – o indicador passou de 58,9 pontos no segundo trimestre para 61,6 pontos no terceiro trimestre”, informou.

Problemas
De acordo com a pesquisa da CNI, a elevada carga tributária permanece como o principal problema, assinalado por 58,6% das empresas no terceiro trimestre deste ano, contra 54,5% no segundo trimestre deste ano. Em seguida, aparece a “competição acirrada do mercado”, marcado por 37,8% dos entrevistados, pela falta de demanda (35,6%) e pelo alto custo da matéria-prima (26,8%).

Expectativas para os próximos meses
A Confederação Nacional da Indústria informou ainda que a expectativa dos empresários para os próximos seis meses ainda estão “pouco otimistas”. O indicador de expectativa de demanda, por exemplo, caiu de 53,3 pontos em setembro para 52,3 pontos em outubro – com pequena piora, mas ainda acima dos 50 pontos, o que indica “expectativa positiva”. Já o indicador de quantidade exportada melhorou, passando de 48,7 pontos em setembro para 50,1 pontos em outubro, mas o índice de número de empregados a serem contratados caiu de 47,8 pontos para 46,9 pontos em outubro – ou seja, com manutenção da expectativa de retração do quadro de empregados.

(G1 – 23/10/2014)

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