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Dólares deixam o país na parcial de maio, mostra Banco Central

A retirada de recursos da economia brasileira superou o ingresso de divisas em US$ 796 bilhões no acumulado de maio, até a última sexta-feira (22), informou o Banco Central nesta terça-feira (25).

A saída de dólares, registrada na parcial deste mês, acontece após dois meses de ingressos. Em abril, a entrada de US$ 13,1 bilhões foi a maior em quase quatro anos.
No acumulado deste ano, também até a última sexta-feira (22), porém, houve mais ingresso do que saída de recursos do país. Neste período, ainda de acordo com números da autoridade monetária, US$ 17,07 bilhões entraram no Brasil.
Impacto no dólar

A saída de recursos registrada no começo de maio favoreceria, em tese, a alta do dólar. Com menos moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar maior. Neste mês, o dólar vem registrando valorização. No fim de abril, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,01, avançando para R$ 3,13 nesta quarta-feira (13) por volta das 11h40.

Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Entre elas, estão o comportamento da economia norte-americana, as sinalizações sobre a taxa de juros nos Estados Unidos, os indicadores da economia brasileira – que registraram desempenho ruim em 2014 – além de declarações de integrantes da equipe econômica e da oferta de contratos de “swap cambial” (que funcionam como venda de dólares no mercado futuro) pelo BC brasileiro, entre outros.

Retirada de estímulos nos EUA

Nos Estados Unidos, a expectativa dos analistas é de continuidade da retirada de estímulos à economia, que começa a dar sinais de recuperação. Em 2015, há previsão de que pode haver até mesmo aumento de juros nos Estados Unidos, o que tenderia a gerar retirada de dólares do Brasil, em direção aos EUA.

Indicadores da economia brasileira

Os indicadores da economia brasileira, que pioraram nos últimos anos e os fracos resultados dos últimos meses, também impactam a cotação do dólar no Brasil. As contas externas registraram em 2014 um déficit de 4,17% do PIB, o que configura o pior resultado em 13 anos (e um dos mais altos do mundo). No primeiro trimestre deste ano, porém, houve queda do déficit em conta corrente.

Ao mesmo tempo, as contas públicas brasileiras tiveram o primeiro déficit da história no último ano, segundo informou o Banco Central. Após o pagamento de juros da dívida pública, foi registrado um déficit de R$ 343 bilhões – o equivalente a expressivos 6,7% do PIB no ano passado. Apesar das medidas de ajuste fiscal, o resultado piorou nos três primeiros meses deste ano.

Swaps cambiais

Outro fator que tende a influenciar a cotação do dólar foi o anúncio do Banco Central de que não iria renovar o programa de oferta diária de swaps cambiais (que funcionam como uma venda futura de dólares), que venceu no dia 31 de março. O programa vigorava desde agosto de 2013.

O Banco Central, no entanto, informou que vai renovar integralmente os contratos que vencem a partir de 1º de maio, “levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado”. Segundo a instituição, os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra “continuarão a ser realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio”.

Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.

(G1 – 26/05/2015)

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