Close

Not a member yet? Register now and get started.

lock and key

Sign in to your account.

Account Login

Forgot your password?

Dólar fecha em queda com expectativa de pesquisas e fala da Yellen

O dólar iniciou a semana em queda frente ao real, com os investidores tentando se antecipar aos resultados das pesquisas eleitorais previstas para esta semana, apostando em uma queda das intenções de voto da presidente Dilma Rousseff. O dia foi de cautela também no exterior, com o mercado à espera do discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, amanhã que poderá trazer novos sinais sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos. O dólar comercial caiu 0,42%, encerrando a R$ 2,2107. Já o contrato futuro para agosto recuava 0,47% para R$ 2,222. A queda do dólar frente ao real acompanhou em parte o movimento mais fraco da moeda americana no exterior, mas também refletiu as apostas dos agentes no mercado doméstico, na expectativa por resultados das pesquisas eleitorais. Para esta semana está prevista a divulgação de três pesquisas eleitorais (do Instituo Sensus, do Datafolha e do Ibope), que devem mostrar os primeiros resultados após o fracasso da seleção brasileira na Copa do Mundo. A aposta dos agentes do mercado em uma queda das intenções de voto da presidente Dilma após a Copa, que aumentaria as chances dos candidatos da oposição vistos pelos investidores com perfil mais pró-mercado, ajudou a impulsionar a alta da bolsa e do real hoje. De olho nos resultados das pesquisas, alguns exportadores ampliaram a oferta de dólares no mercado no fim desta manhã, o que ajudou a explicar a desvalorização da moeda americana. “Antes que caia abaixo dos R$ 2,20, o que pode forçar mais quedas, o exportador prefere travar uma taxa um pouco melhor”, diz o operador de câmbio de um banco dealer. De toda forma, o movimento acontece em mais um dia de fraco volume, que reflete a posição mais conservadora dos agentes antes de eventos como a divulgação do PIB chinês e o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, amanhã no Congresso americano. No exterior, o dólar operava em queda frente às principais moedas emergentes, com os investidores à espera de novas sinalizações sobre a condução da normalização da política monetária nos Estados Unidos, depois da at a da última reunião do Fed ter trazido pouca novidade. A moeda americana caía 0,26% diante do rand sul-africano, 0,04% em relação à lira turca e 0,29% frente ao peso mexicano.
“Não existe muita expectativa de que a Yellen vá falar algo diferente. Nem com o PIB da China. Isso explica o porquê desse marasmo no câmbio agora. Mas por outro lado isso também acaba deixando o mercado vulnerável a qualquer surpresa”, diz o tesoureiro de um banco nacional, acrescentando que a decisão de política monetária do Banco Central na próxima quarta-feira não deve mexer significativamente com o câmbio. Na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou hoje que a valorização do euro pode implicar em riscos para a recuperação da economia da região. Draghi ainda destacou que a taxa de juros na zona do euro ainda deve continuar baixa por um longo período e que o BCE poderá adotar outras medidas não convencionais para cumprir o mandato, tendo espaço no balanço para promover este tipo de ação. Já o Banco Central seguiu com a rolagem do lote de US$ 9,457 bilhões em contratos de swap cambial que vence em 1º de agosto e renovou todos os 7 mil contratos ofertados no leilão de hoje, cuja operação movimentou a US$ 346,1 milhões. Com isso ainda restam US$ 7 bilhões em swaps a serem rolados. A autoridade monetária ainda vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados dentro do programa de intervenção, que totalizaram US$ 198,3 milhões.
(Valor – 15/07/2014)

Login