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Dólar fecha em alta de mais de 1% e sobe 2,7% em julho

O dólar subiu 1,24%, nesta sexta-feira (31), puxado por temores de juros mais altos nos Estados Unidos, pelo calote da Argentina e pela decisão do Banco Central de deixar vencer cerca de 30% dos leilões que expiram no dia seguinte. A moeda americana subiu 1,24%, para R$ 2,2699. No mês, há valorização acumulada de 2,71%. A forte alta da moeda norte-americana continuou mesmo após o fechamento mensal da Ptax, uma taxa do dólar calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Pela manhã, a briga pela formação dessa taxa turbinou ainda mais as cotações do dólar.

“A Ptax pressionou bastante, mas tudo que tivemos de notícia hoje apontou para cima. Pelo menos por enquanto, com essas tensões no cenário externo, parece que o dólar vai se assentar na casa dos 2,26 reais”, disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. A Ptax do fim do mês fechou a R$ 2,2668 para compra e R$ 2,2674 para venda. No exterior, a alta era impulsionada pelos sinais de fortalecimento das condições do mercado de trabalho dos EUA e notícias de que a Argentina não foi capaz de chegar a acordo com credores e entrou em default. “A Argentina não tem o mesmo poder de contágio que tinha nos anos 90, mas a situação de default técnico não ajuda em nada a economia por lá e muito menos por aqui”, escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório citado pela agência. As cotações do dólar também se ajustaram após o BC brasileiro não anunciar para esta sessão leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem no dia seguinte. Segundo a assessoria de imprensa do BC, não deve haver leilão para este fim de pregão. Com isso, a autoridade monetária terá rolado apenas cerca de 70% do lote total que vence em 1º de agosto, correspondente a US$ 6,579 bilhões, contra cerca de 85% no mês passado. Nos meses anteriores, a autoridade monetária havia rolado entre 50% e 75% dos lotes de swaps a vencer. O próximo lote vence em 1º de setembro e equivale a US$ 10,07 bilhões. Operadores especulam sobre como o BC reagirá a esse movimento. A maioria acredita que a autoridade monetária deve esperar para ver onde a divisa norte-americana se assenta após o impacto de fatores pontuais. Alguns, por outro lado, acreditam que patamares mais altos podem ter vindo para ficar. O dólar vinha oscilando dentro da banda informal de 2,20 a 2,25 reais desde o início de abril, com alguns breves momentos de exceção. Especialistas acreditam que esse intervalo agradaria ao BC, por não ser inflacionário e não prejudicar a indústria.

“Mesmo com o dólar em R$ 2,25, ele (BC) acabou não fazendo leilão de rolagem. Isso faz o mercado especular se agora ele considera esse patamar confortável”, disse o operador de um importante banco nacional. Nesta sessão, o BC deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps. Foram 3 mil contratos para 2 de fevereiro e 1 mil para 1º de junho de 2015, com volume correspondente a 198,5 milhões de dólares. Mais tarde, ofertará até 2,25 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 5 de janeiro e 3 de fevereiro de 2015, para rolar a linha que vence em 1º de agosto.
(G1 – 31/07/2014)

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