O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), após cair nas três últimas sessões, com a divulgação de dado econômico dos Estados Unidos, que mostrou a inflação um pouco acima do esperado. A moeda norte-americana subiu 0,81% frente ao real, a R$ 3,0414 na venda. Veja cotação. Na semana, contudo, dólar recuou 0,96%. Na véspera, a moeda fechou no menor patamar desde 5 de março. Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram pelo segundo mês consecutivo em março, com alta no custo da gasolina e de moradias, sinais de alguma inflação que deve manter o Federal Reserve, banco central do país, na trajetória de começar a elevar as taxas de juros neste ano. O núcleo dos preços ao consumidor em 12 meses até março subiu 1,8%, a maior alta desde outubro e acima da expectativa do mercado, de alta de 1,7%. O núcleo exclui custos de alimentos e energia.
“O núcleo veio mais forte que o esperado e dá liberdade para o Fed avaliar o aumento da taxa de juros, já que os números anteriores vinham decepcionando”, disse o gerente de câmbio da Correparti, João Paulo De Gracia Correa.
Colabora ainda para a alta do dólar no mercado brasileiro o fato de a moeda norte-americana ter caído nas últimas sessões ante o real, chegando no patamar dos R$ 3, onde encontra resistência e atrai compradores. A moeda norte-americana fechou abaixo dos R$ 3 pela última vez no dia 4 de março, a R$ 2,9807. Nas duas semanas seguintes, contudo, o dólar entrou em ascensão até fechar na máxima em quase 12 anos no dia 19 de março, a R$ 3,2965.
Desde o pico de março, a moeda norte-americana vem buscando um novo patamar e voltou a se aproximar de R$ 3, onde tem encontrado resistência para cair mais. No mercado externo, o dólar também passou a subir após os dados de inflação dos Estados Unidos e tinham alta de 0,3% em relação a uma cesta de moedas. Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a 10,115 bilhões de dólares. Na véspera, a moeda norte-americana encerrou em queda de 0,58%, a R$ 3,0167 na venda, acumulando queda de 3,45% nas três sessões anteriores, e fechou no menor patamar desde 5 de março.
(G1 – 17/04/2015)