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Dilma defende indústria, mas setor pede mais atenção

Em 37 minutos, a presidente Dilma Rousseff usou o discurso de abertura de um evento com centenas de empresários para argumentar que o Brasil precisa de uma “indústria forte” e não se especializará como “economia de serviços”, em resposta indireta às críticas de que o país mergulhou em um processo de desindustrialização. Dilma recebeu aplausos protocolares e foi embora em seguida. Se tivesse ficado por mais duas horas, ela teria colhido relatos bem diferentes da imagem de ganhos de competitividade que desenhou no Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília. Dilma citou programas como o Pronatec e o Ciência Sem Fronteiras para demonstrar que o governo tem buscado “melhorar as condições de produtividade” do país. “Cada um dos R$ 14 bilhões que o governo federal investiu no Pronatec valeu e vale a pena. Está aí esse sucesso que nós construímos”, disse, em discurso, a presidente. “No Ciência Sem Fronteiras, hoje estamos com 60 mil jovens estudantes brasileiros no exterior com bolsas nas melhores universidades no mundo, que na sua volta vão ajudar a dar o salto tecnológico de que nossa economia precisa”, continuou. A superintendente da fabricante de eletrodomésticos Esmaltec, Annette Reeves de Castro, fez questão de elogiar esses programas diante da plateia de empresários quando foi perguntada sobre o assunto. Mas enfatizou ainda mais suas ressalvas: “Eles chegam atrasados e as empresas viram a necessidade de fazer, elas mesmas, investimentos na qualificação de seus trabalhadores. O problema é que não temos nenhuma garantia de que o empregado no qual investimos tanto seguirá na companhia”.
(Valor, 12/12/2013)

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