Close

Not a member yet? Register now and get started.

lock and key

Sign in to your account.

Account Login

Forgot your password?

De janeiro a maio Petrobras acumula perda de R$ 2,2 bi com venda de combustíveis

Preços de venda de gasolina e diesel no país estão abaixo dos valores de importação. Cálculos são do CBIE, com dados referentes ao período de janeiro a maio

Preços dos combustíveis importados são maiores do que os de venda no mercado interno.

A valorização do dólar frente ao real, que continuou forte na última semana, além do impacto negativo nas contas da Petrobras, que tem quase 80% de sua dívida na moeda americana, vem aumentando drasticamente a defasagem dos preços da gasolina e do óleo diesel. A estatal acumula perda estimada em R$ 2,2 bilhões em sua receita, de janeiro a maio, por vender os combustíveis a preços inferiores aos de sua importação.

Do total, R$ 575,5 milhões são referentes à importação de gasolina e R$ 1,6 bilhão corresponde à importação com o óleo diesel. O cálculo foi feito pelo Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), considerando os gastos com a importação, que foram superiores à receita obtida com a venda de gasolina e óleo diesel.

A alta do dólar praticamente eliminou a ligeira recuperação nos preços dos dois produtos que a estatal tinha conseguido com o reajuste obtido no dia 30 de janeiro e depois no dia 6 de março só para o diesel. Procurada pelo GLOBO, a Petrobras informou que não comentaria o assunto.

Segundo cálculos do CBIE com base nos dados disponíveis do último dia 9, a gasolina vendida pela Petrobras em suas refinarias, sem impostos, está 25,3% mais barata em relação do que o produto comercializado no mercado internacional. Já o óleo diesel está sendo vendido pela companhia cerca de 21,7% mais barato do que no exterior.

Com o governo tentando reduzir a escalada da inflação no país, especialistas não acreditam que neste ano a Petrobras conseguirá algum novo reajuste de preços dos dois combustíveis, que representam cerca de 60% de sua receita total. Mais difícil ainda, segundo esses especialistas, será conseguir aumento de preços em 2014, ano de eleições. Ou seja, só resta à Petrobras torcer para o dólar cair e se estabilizar.

 (Agência Globo, 15/07/13)

Login