O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou praticamente estável em maio frente a abril. Com alta de apenas 0,1 ponto, dentro da margem de erro, o indicador chegou a 38,6 pontos e continua abaixo da linha dos 50 pontos, o que sinaliza falta de confiança. As informações são da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (19). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50, revelam falta de confiança dos empresários.

Além disso, o índice está 17,6 pontos abaixo da média histórica (56,2 pontos) e 9,4 pontos inferior ao dado de maio de 2014. De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a falta de confiança do empresário sinaliza tendência de retração dos investimentos nos próximos meses. “O empresariado possivelmente vai adiar seus planos de investimentos para momento quando estiver mais segurança com relação a sua empresa e à situação da economia”, destaca. Segundo Azevedo, embora tenha melhorado em relação a abril, a expectativa em relação à economia continua negativa em maio.

Dos componentes do ICEI, os relacionados às condições atuais e às expectativas sobre a economia tiveram aumento em maio na comparação com abril. No entanto, continuam abaixo da linha dos 50 pontos. Enquanto o indicador sobre as condições da economia brasileira subiu de 19,3 pontos para 21,2 pontos no período, o índice de expectativas sobre a economia foi de 33,1 para 34,1 pontos. Os índices que compõem o ICEI também variam no intervalo de zero a cem pontos. Valores abaixo de 50 indicam condições atuais piores ou expectativas pessimistas.

Os índices relacionados às condições atuais e às expectativas sobre a empresa ficaram praticamente estáveis. O indicador sobre as condições atuais da empresa registrou 34,1 pontos e o de expectativas sobre os negócios atingiu 47,7 pontos em maio.

ANÁLISE SETORIAL – Entre os segmentos industriais analisados, apenas a indústria extrativa apresentou queda na confiança. O ICEI desse segmento recuou 1,1 ponto entre abril e maio e atingiu 41 pontos neste mês. Já os indicadores das indústrias de transformação e da construção ficaram estáveis.

A pesquisa foi feita entre 4 e 13 de maio com 2.922 empresas de todo o país. Dessas, 1.153 são pequenas, 1.086 são médias e 683 são de grande porte.

(Agência CNI de Notícias – 19/05/2015)