Com novo deficit bilionário em fevereiro, o rombo na balança comercial, que mede a diferença entre as importações e as exportações do país, chegou a US$ 6,2 bilhões no bimestre. Em termos nominais (sem descontar a inflação), foi maior valor da série, que começa em 1993. O saldo negativo de US$ 2,1 bilhões do mês passado também foi o o maior já registrado no mês. No ano passado, o deficit já havia sido expressivo no primeiro bimestre: US$ 5,3 bilhões. Na ocasião, a justificativa do governo para o mau desempenho foi o atraso no registro de importações de combustível da Petrobras. O efeito não ocorreu este ano, mas as compras de petróleo e derivados superaram as vendas em US$ 3,6 bilhões no primeiro bimestre, ante deficit de US$ 2,2 bilhões no ano passado –descontados os volumes de importação contabilizados em atraso. Com isso, as importações totais neste ano já chegam a US$ 38,2 bilhões. No primeiro bimestre de 2013, estavam em US$ 36,8 bilhões. Já as exportações somam US$ 32 bilhões até fevereiro ante os US$ 31,5 bilhões no mesmo período do ano passado.
(Folha de S.Paulo, 07/03/2014)