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Brasil precisa de estratégia de negócios de longo prazo para a África

A África se apresenta, há alguns anos, como destino cada vez mais relevante para empresas que buscam se internacionalizar e diversificar mercados. O Brasil, porém, pouco tem aproveitado oportunidades de novos negócios do continente, enquanto outros países com peso no comércio global inseriram a África na estratégia de expansão de exportações e investimentos no exterior. “A África é a nova fronteira global do mundo em desenvolvimento. O resto do mundo está de olho na África e o Brasil não fica ficar para trás”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. Com o objetivo de colocar a África como prioridade na agenda comercial brasileira, a CNI realiza, nesta segunda-feira (25), o Seminário África Negócios. No evento, em São Paulo, empresários, especialistas e estudiosos do continente debatem as oportunidades e os desafios para o Brasil ampliar o comércio e diversificar investimentos em países africanos. Abijaodi destacou que o cenário é propício para empresas brasileiras. Na última década, o Produto Interno Bruto (PIB) do continente cresceu, em média, 10,5% ao ano e o aumento das importações chegou a 12,8% anuais.

NOVA AGENDA – O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento elevado para a África, ao longo da próxima década, o que significa demanda crescente por comércio e investimentos. Para a CNI, o quadro é promissor para investimentos e parcerias nas áreas da saúde, infraestrutura, agricultura, ciência e tecnologia da informação. É preciso, contudo, superar as barreiras que têm impedido ao Brasil explorar o potencial dos mercados, como têm feito outros países, como China, Índia e Turquia. Melissa Cook, fundadora e diretora da African Sunrise Partners LLC, consultoria especializada em África, diz que as empresas devem pesquisar os diversos mercados do continente, identificar potenciais parceiros e ter uma visão de negócios de longo prazo. Como ponto positivo, as empresas brasileiras podem se beneficiar de uma imagem positiva de país, uma vez que o Brasil é conhecido por fornecer produtos de boa qualidade e de ter postura de cooperação. “Há oportunidades em comum para Brasil e África, mas é preciso ter mais ação. E isso tem compensado”, destacou. Parte importante desta nova agenda para a África é compreender as diferenças que há no continente, com seus 54 países oferecendo oportunidades e riscos para comércio e investimentos. Michael Lalor, diretor do Africa Business Center da EY, aponta que muitos países experimentam saltos em investimentos no varejo, em telecomunicações e serviços financeiros. “Há uma mudança significativa no foco do investimento na África, para muito além dos recursos naturais”, disse Lalor.

(Portal da Indústria – 26/08/2014)

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