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Brasil não está à beira do abismo, mas deve olhar China, diz Krugman

O Brasil passa por um momento de reavaliação por parte de investidores e analistas internacionais, mas não está à beira do abismo, afirmou o economista americano e ganhador do prêmio Nobel de 2008, Paul Krugman, durante evento em São Paulo. Para Krugman, o Brasil tem hoje mais estabilidade, uma inflação sob controle e uma política fiscal mais responsável, não contando com a perspectiva de colapso que o acompanhava no passado quando grandes crises internacionais o atingiam. “Claro que há alguns contratempos, mas sempre que havia um problema nos EUA isso era amplificado na América Latina, mas não desta vez”, disse. A fonte de receios para o país, no entanto, existe e se chama China, muito próxima de uma crise que pode atingir o Brasil, afirmou. O mergulho do real no auge da crise, disse o economista, correspondeu a um momento de pânico quando todos correram para os títulos americanos, no que chamou de “período do medo”. Segundo ele, as pessoas acabaram comprando uma história do Brasil que, no fundo, era muito melhor do que estava acontecendo, o que levou a um fluxo reverso.

“Os mercados temporariamente se apaixonam por um grupo de países e depois se desapaixonam”, afirmou o também professor da Universidade de Princeton, como a própria América Latina no fim dos anos 1970, ou o México no início dos anos 1990 e agora novamente. Em todas as vezes em que isso aconteceu, tivemos um momento “coiote”, afirmou, em referência ao personagem de desenho animado que chega perto do abismo, mas que não há certeza se ele vai cair.

(Valor – 18/03/2014)

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