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Brasil ainda terá déficit de petróleo e derivados em 2025, diz diretor da Gas Energy

Para Carlos Alberto Lopes, setor de petróleo e gás do país precisa decidir quem vai construir essas usinas
Mesmo como a concretização de projetos como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a construção das refinarias Premium 1 e Premium 2 da Petrobras, o Brasil deve enfrentar um déficit de 400 mil barris por dia em petróleo e derivados em 2025 – já admitindo um crescimento mais moderado da demanda no país.
A projeção é do diretor da Gas Energy, Carlos Alberto Lopes, ao participar o painel “Estrutura de refino: até quando o Brasil importará derivados de petróleo?”, na manhã desta terça-feira (06/08), no segundo dia do 14º Encontro de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Não podemos olhar somente o primeiro processamento, nem a questão do uso só como combustível”, avaliou o diretor. “Temos de olhar o que está acontecendo com toda essa cadeia e precisamos encontrar uma solução”.
A Petrobras enfrenta dificuldades para financiar seus 947 projetos do plano de investimentos de US$236,5 bilhões. As refinarias Premium 1 e Premium 2 ficaram fora da lista de 770 projetos da estatal para implantação e, por sua vez, incluídas na carteira dos 177 projetos cuja viabilidade está avaliada.
Com problemas para emplacar os projetos, a companhia importa gasolina e diesel a preços internacionais e comercializa combustíveis com defasagem no mercado doméstico.
“Temos que saber quem vai construir essas refinarias. Alguém tem de construir essas refinarias ou então vamos ser um país importador”, alertou Lopes, acrescentando que “o Brasil precisa se alinhar a esses preços internacionais para trazer investimentos”.
Segundo Lopes, sem essas novas refinarias, o Brasil deve importar o equivalente a um milhão de barris por dia de derivados em 2020.
De acordo com Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), além de o país não ter uma estratégia de crescimento para o setor energético, o governo “confunde intervenção com planejamento”.
“O setor de energia não funciona com intervenção. Ele vai estar sempre em crise porque intervenção não funciona”, afirmou Pires.
Segundo ele, a importação de gasolina cresceu cerca de 300% no período entre os anos de 2010 e 2011. A balança comercial de gasolina no país gerou um déficit de US$1,7 bilhão de janeiro a junho deste ano.
(Agência Indusnet Fiesp – 06/08/2013)

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