Close

Not a member yet? Register now and get started.

lock and key

Sign in to your account.

Account Login

Forgot your password?

Bovespa opera em alta e dólar recua; cena externa ganha destaque

Números mais fracos vindos da China foram relevados pelos investidores diante da notícia de que o banco central da Alemanha poderia apoiar um pacote de afrouxamento monetário do Banco Central Europeu (BCE) já no próximo mês, o que provocou reação nas bolsas e enfraqueceu o euro, em um sinal de aumento do apetite por risco. Esse comportamento influenciou também o câmbio brasileiro, onde o real voltou a ganhar terreno em relação ao dólar, e ajudou a Bovespa a superar os efeitos dos números de produção industrial e de vendas no varejo da China sobre as ações da Vale. A Petrobras também dá importante contribuição para essa virada, que elevou o Ibovespa para a casa dos 54 mil pontos. Os juros futuros, por sua vez, operavam atrelados ao exterior e cediam, em um comportamento técnico de correção.

Bolsa
O Ibovespa passou a manhã toda em queda, mas mudou de direção e passou a seguir os mercados internacionais por volta de 12h30. Perto das 14 horas, o índice da Bolsa paulista subia 0,24%, para 54.183 pontos. Boa parte da virada pode ser atribuída às ações de Petrobras, que ampliaram os ganhos. Petrobras PN subia 1,39% e, segundo um operador, o motor vem de investidores estrangeiros, que estão na ponta compradora desde a abertura. Declarações dadas ontem pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em teleconferência, levaram o Itaú BBA a considerar a possibilidade de um reajuste no preço dos combustíveis ainda neste ano. Em seus modelos, o banco contempla agora um aumento de 4% nos preços do diesel e da gasolina em novembro, depois das eleições presidenciais. “Quando questionada sobre a fórmula de precificação [dos combustíveis] e como essa discussão tem sido tratada nas reuniões do conselho, Graça sinalizou esperar que a metodologia seja aplicada ainda neste ano”, afirmou a analista Paula Kovarsky em relatório enviado a clientes. Os números da China pressionaram as commodities e chegaram a trazer uma correção momentânea para Vale, a principal estrela dos ganhos de ontem. Mas a ação PNA da mineradora se recuperava e subia 0,58%. Conforme dados do governo chinês, a produção industrial avançou 8,7% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, de 8,9%. As vendas no varejo registraram alta de 11,9% em abril, na comparação anual, abaixo da expectativa do mercado e resultado do mês anterior, ambos em 12,2%.

Câmbio
O dólar segue em leve baixa frente ao real nesta terça-feira, acompanhando o movimento da moeda no mercado externo, onde as divisas emergentes têm firme alta. As vendas no Brasil têm, contudo, menos ímpeto, em meio à expectativa de que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, dê indicações sobre uma eventual descontinuidade do programa de leilões de câmbio da autoridade monetária. O programa de oferta diária de hedge cambial está previsto para acabar em 30 de junho e já foi renovado para o primeiro semestre deste ano, após ter começado em agosto passado, em meio a uma intensa pressão no câmbio. O mercado ampliou recentemente a expectativa de que o BC possa não renovar o programa depois que a autoridade monetária sinalizou que neste mês poderá rolar cerca de metade do lote de swaps cambiais com vencimento em junho. Nos últimos meses, o BC rolou em torno de 75% do montante a vencer. “As condições para encerrar o programa estão de certa forma dadas, mas definitivamente não dá para garantir. Eu acho que encerrar agora não seria a melhor escolha, já que o aumento da volatilidade poderia fazer o BC ter de entrar de novo no mercado. O sinal seria confuso”, diz o profissional de uma asset. Hoje, o BC fez a rolagem de todos os cinco mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão hoje, adiando o vencimento do equivalente a US$ 247,6 milhões nesses papéis. Dos US$ 9,653 bilhões em swaps (193.050 títulos) com vencimento previsto para 2 de junho, o BC já rolou cerca de US$ 1,75 bilhão (35 mil papéis). A expectativa é que o BC deixe vencer o equivalente a US$ 4,75 bilhões nesse s contratos, o que faria maio terminar com um estoque menor de swaps no mercado do que o mês anterior – algo que não ocorre desde fevereiro de 2013. Antes, a autoridade monetária tinha vendido todos os quatro mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão, movimentando o equivalente a US$ 198,3 milhões. A colocação foi feita integralmente para o venciment o 2 de março de 2015, e a liquidação da venda está marcada para amanhã, quarta-feira, dia 14. Com essa operação, o BC elevou a US$ 88,123 bilhões sua posição vendida em dólar junto ao mercado via swaps. Ao redor de 14 horas, o dólar comercial caía 0,18%, para R$ 2,2120. O dólar para junho recuava 0,22%, a R$ 2,2225.

(Valor – 13/05/2014)

Login