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Bovespa cai 1,4%, pressionada por ações do setor elétrico

Dados mais fortes da economia americana animaram os investidores a migrar dos países emergentes para mercados desenvolvidos na volta do feriado prolongado nos Estados Unidos e no Reino Unido. Além da influência do cenário externo, a bolsa brasileira foi pressionada especialmente pelas ações do setor elétrico. O Ibovespa recuou 1,43%, para 52.173 pontos, com volume de R$ 5,481 bilhões. Entre as principais ações do índice, Vale PNA caiu 0,85%, a R$ 26,66; e Petrobras PN recuou 2,07%, a R$ 17,49. Já os papéis de bancos foram em rumos opostos: Bradesco PN perdeu 1,52%, a R$ 32,20; Itaú PN marcou leve alta de 0,05%, a R$ 35,70; e Banco do Brasil ON ganhou 0,62%, a R$ 22,58. Segundo apurou o Valor, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar a favor do adiamento do julgamento sobre a correção da poupança nos planos econômicos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot pediu hoje o adiamento do julgamento. Ele ingressou com petição na Corte alertando para a necessidade de se refazer cálculos sobre os ganhos que os bancos públicos e privados tiveram com a edição dos planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). A lista de maiores baixas do índice foi dominada pelas elétricas: Copel PNB ( -4,74%), Cemig PN (-3,97%), Cesp PNB (-3,35%) e Light ON (-3,17%). Em reunião com analistas realizada ontem em Belo Horizonte, a diretoria da Cemig afirmou que não espera que os fortes resultados obtidos com o negócio de geração no primeiro trimestre se repitam nos próximos meses. O déficit na geração hídrica, fator conhecido com GSF (Generation Sacling Factor), vai “atrapalhar” seu desempenho no resto do ano. A companhia projeta que a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) oscile em 2014 entre R$ 3 bilhões e R$ 3,7 bilhões com as divisões de geração e transmissão (GT), número que decepcionou os analistas. Como a empresa acumulou geração de caixa de R$ 1,8 bilhão nos três primeiros meses, isso significa que seu Ebitda vai encolher para R$ 600 milhões em média nos próximos três trimestres, se confirmadas as expectativas. Em sua apresentação, a Cemig mostrou uma carta assinada pelo diretor do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, solicitando o desligamento de três turbinas da hidrelétrica de São Simão e a geração “nula” d as usinas Emborcação e Ponte Nova. As medidas estão sendo tomadas para economizar as reservas de água das hidrelétricas. O Valor apurou ainda que as geradoras iniciaram na semana passada um estudo sobre a queda na produção de energia hídrica neste ano, em decorrência da forte seca no Sudeste. O objetivo é levar o relatório, que deve ficar pronto dentro de 20 a 30 dias, a Brasília para pedir ajuda ao governo federal. Estima-se que o déficit na geração hídrica custará mais de R$ 20 bilhões neste ano, já que as geradoras terão de comprar energia no mercado de curto prazo para conseguir atender 100% do volume assegurado nos contratos. Outro destaque de baixa hoje foi JBS ON (-4,18%). Investidores estão preocupados com o aumento da alavancagem da JBS caso a oferta hostil de US$ 6,4 bilhões feita por sua subsidiária americana Pilgrim’s Pride para com pra da também americana Hillshire seja aceita. De acordo com o presidente da Pilgrim’s, Bill Lovete, a relação entre dívida líquida e Ebitda da JBS subirá para 4,2 vezes caso o negócio seja confirmado. No fim de março, o índice de alavancagem da JBS era de 3,26 vezes. Apenas dez das 71 ações do Ibovespa encerraram o dia no azul, entre elas, Gerdau Metalúrgica PN (1,50%), Gerdau PN (1,31%) e Suzano PNA (1,11%).

(Valor – 27/05/2014)

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