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Banco Central reduz ritmo de alta dos juros

Após seis aumentos de 0,5 ponto percentual, Copom eleva Selic em 0,25 ponto, para 10,75%, em cenário de PIB fraco. Taxa básica, que baliza juros no país, volta o nível em que estava quando Dilma assumiu a Presidência, em 2011. Com as perspectivas de crescimento econômico em queda neste ano eleitoral, o Banco Central decidiu moderar o ritmo de alta dos juros. Em decisão unânime, o BC informou que a taxa Selic, referência para o rendimento das aplicações financeiras e para o custo dos empréstimos bancários, subirá de 10,5% para 10,75% ao ano. Até então, a taxa havia sido elevada por seis vezes consecutivas em 0,5 ponto percentual, na tentativa de conter a inflação –que está acima das metas oficiais desde o fim do governo Lula. A medida leva os juros de volta ao mesmo percentual em vigor no início do mandato de Dilma Rousseff, que fez da queda das taxas uma de suas bandeiras políticas. Um ano atrás, a Selic estava em 7,25%, o menor patamar desde que a taxa foi criada, em 1986. O recorde, porém, não resultou na esperada aceleração do consumo e dos investimentos. O crescimento do PIB em 2013, a ser divulgado em números precisos hoje, ficou em torno de 2%. Para este ano, analistas e investidores esperam taxa ainda mais baixa. Além da debilidade econômica, outros movimentos do governo e do mercado financeiro provavelmente contribuíram para a decisão de elevar menos os juros, mesmo com os preços ainda subindo bem acima do desejado. A iniciativa mais vistosa foi o anúncio de uma meta de superavit primário –a poupança que os governos fazem para o abatimento da dívida pública– para 2014 equivalente a 1,9% do PIB. O percentual é o mesmo atingido no ano passado, que foi o mais baixo desde 1998, mas sua divulgação contribuiu para mitigar as expectativas de disparada de gastos públicos no ano eleitoral.

(Folha de S.Paulo, 27/02/2014)

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