Em julho, horas trabalhadas na produção recuaram 1,7%.
Faturamento real caiu 1,5% no mês retrasado, mas emprego subiu.
As horas trabalhadas na produção industrial (indicador do nível de atividade) registraram queda de 1,7% em julho, o primeiro mês do terceiro trimestre, informou nesta quarta-feira (11) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A comparação foi feita com o mês anterior. Em sete meses deste ano, a atividade industrial avançou em quatro deles, recuando nos outros três. No acumulado de 2013, até julho, houve um pequeno aumento de 0,2% nas horas trabalhadas na produção. Em igual período do ano passado, porém, a atividade industrial estava pior: com queda de 1,7%. “O padrão oscilante da atividade evidencia que a indústria ainda não entrou em uma trajetória contínua de expansão. Entretanto, observa-se crescimento na comparação com o ano anterior, sinalizando um resultado melhor para a indústria de transformação do que no ano anterior”, avaliou a CNI.

Faturamento da indústria
Em julho, o faturamento da indústria também caiu. Foi registrada, segundo a CNI, uma queda de 1,5% neste indicador, contra o mês anterior. No acumulado do ano, porém, o fraco desempenho da atividade industrial, que subiu somente 0,2%, não impediu a alta do faturamento do setor. Nos sete primeiros meses deste ano, o faturamento cresceu 5,2%. Trata-se do melhor desempenho, para o período, desde 2010 (com alta de 11,1%). O faturamento cresceu em 17 dos 21 setores pesquisados.

Emprego e massa salarial
Os dados do emprego industrial, por sua vez, mostram crescimento de 0,3% em julho e de 0,5% no acumulado do ano. Isso mostra melhora frente aos sete primeiros meses de 2012 – quando houve queda de 0,5%. A massa salarial real, por sua vez, teve um crescimento de 0,4% em julho e de 1,8% nos sete primeiros meses de 2013. Mesmo com elevação, trata-se do pior resultado desde 2009 – quando houve retração de 2,1%. De janeiro a julho do ano passado, a massa salarial real dos trabalhadores da indústria subiu 5,9%.

Uso do parque fabril cai
O nível de uso do parque fabril da indústria (capacidade instalada) somou 82,2% em julho, contra 82,3% no mês anterior. Dos 21 setores pesquisados pela CNI, houve crescimento no uso do parque fabril, em julho, em 12 deles.

IBGE
Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que oemprego na indústria recuou 0,2% em julho, na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais. Esta foi a terceira queda seguida neste tipo de comparação (G1, 11/9/13)