Situação se complica com o aumento da cotação do dólar. Tido por especialistas como inevitável até o fim deste ano, um novo reajuste da gasolina já coloca em risco a meta de inflação do governo em 2013. A MB Associados estima uma alta de 5% ao consumidor. O aumento, diz a consultoria, só não será maior por conta do receio da Fazenda “dos riscos inflacionários”, trazidos também pela valorização do dólar. Por isso, a expectativa é que a equipe econômica aproveite uma “janela” de inflação menor em setembro ou, no máximo, outubro, para dar um aumento que recomponha o caixa da Petrobras. “Tanto o câmbio quanto os alimentos devem trazer novas rodadas de pressão até o final do ano e isso deve fazer com que o governo não deixe para muito depois o aumento da gasolina”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria. Além disso, afirma, o aumento sinaliza para investidores que a Petrobras estará “numa situação um pouco melhor de caixa” para fazer parcerias visando o leilão do pré-sal em outubro. A empresa está com preços defasados em cerca de 30% em relação ao mercado internacional.
(Folha de S.Paulo, 15/9/13)