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Bovespa sente pressão externa e cai, após sete altas seguidas

A bolsa brasileira finalmente ensaia uma correção nesta quarta-feira, após sete pregões consecutivos de alta. A piora das bolsas americanas após declarações do presidente Barack Obama acabou se refletindo por aqui também. Obama disse que os Estados Unidos e a Europa estão enfrentando um “momento de teste”, que desafia a ordem internacional. Em discurso realizado em Bruxelas, Obama disse ainda que a anexação da Crimeia pela Rússia viola as leis internacionais. Obama sugeriu que as sanções contra a Rússia podem aumentar e afirmou que as atitudes de Moscou não prejudicam somente a economia da Rússia, mas todo o sistema internacional. Por aqui, Petrobras e Vale já demonstram fraqueza após as altas recentes, enquanto o setor bancário volta a brilhar, mesmo após a confirmação do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P na madrugada de hoje. A nota do Banco Central sobre operações de crédito dá fôlego ao setor. Às 16h35, o Ibovespa recuava 0,24%, para 48.067 pontos, com volume de R$ 5,4 bilhões. Entre as principais ações do índice, Vale PNA cai 0,32%, a R$ 27,52, e Petrobras PN recua 0,55%, para R$ 14,40. No setor bancário, Itaú PN sobe 1,14%, para R$ 32,82; Bradesco PN ganha 2,18%, a R$ 29,50; Banco do Brasil ON tem alta de 1,48%, para R$ 21,15; e Santander Unit avança 1,65%, para R$ 12,30. O Banco Central manteve hoje suas projeções de expansão do crédito total neste ano em 13%. A expectativa é que os bancos públicos tenham expansão de 17% e os privados de 10%. O anúncio do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P acabou não fazendo preço nos ativos, já que era mais do que esperada. Segundo operadores, os investidores estrangeiros puxam as compras no setor financeiro. A lista de maiores altas traz, além dos bancos, TIM ON (4,18%), MRV ON (3,79%( e Light ON (1,72%). Na outra ponta aparecem Oi PN (-10,86%), Rossi ON (-4,34%) e PDG Realty ON (-3,73%). As ações da Oi registram forte queda no pregão de hoje, após do colegiado da CVM ter decidido que os controladores da companhia podem votar na assembleia que vai examinar o valor dos ativos da Portugal Telecom que serão aportados em aumento de capital previsto no processo de fusão das duas companhias. A CVM também manteve a assembleia da Oi, que discutirá o tema, nesta quinta-feira. A decisão da CVM funciona praticamente como um sinal verde para a operação, comenta John Keith, analista da Bernstein Research. De acordo com Keith, agora não há muitos impedimentos para que o processo siga seu curso, mas a casa de análise já acreditava que a união ocorreria por falta de opção melhor aos minoritários. “Ainda acreditamos que a fusão é a melhor saída possível para todas as partes”, disse o especialista em entrevista aos repórteres Renato Rostás e Daniela Meibak, do Valor. Com a certeza de aprovação do aumento de capital, os acionistas que não participarem da operação serão diluídos. Por isso, muitos minoritários estão insatisfeitos com essa potencial diluição e decidiram vender seus papéis.

(Valor – 26/03/2014)

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