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ATIVIDADE INDUSTRIAL PAULISTA INICIA O 4º TRIMESTRE COM QUEDA, E ANO DEVE FECHAR COM BAIXA DE 9%

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de São Paulo teve resultado muito ruim em outubro, com queda de 0,9% em relação a setembro. No acumulado em 12 meses o INA registra recuo de 9,6%. O levantamento, feito pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), foi divulgado nesta terça-feira (29/11).

Entre as variáveis de conjuntura consideradas na pesquisa, o Total de Vendas Reais teve retração de 1,9% e foi a principal influência negativa na formação do resultado do INA no período. As Horas Trabalhadas na Produção caíram 1,0%, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) cresceu 0,2 ponto percentual (p.p.).

Com a queda verificada no início do quarto trimestre de 2016, a previsão do Depecon é que no ano o INA aponte baixa de 9%. “Não deixa de ser esperado, porque a situação da indústria continua muito ruim”, explica Guilherme Moreira, gerente do Depecon. Esse resultado, diz, “esfria a expectativa de uma recuperação no final do ano. Não tem o mesmo fôlego e não sabemos se vai ter”.

Para 2017, a projeção do Depecon é de crescimento de 1,2%, “mas há muita incerteza”, afirma Moreira. Fatores como as elevadas taxas de juros lançam dúvidas sobre o ano.

Expectativas

A pesquisa Sensor de novembro, divulgada na mesma data que o INA pela Fiesp e pelo Ciesp, fechou em 49,1 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 48,2 pontos em outubro. Como está abaixo dos 50,0 pontos, o sensor sinaliza queda da atividade industrial para o mês.

Apesar do avanço nos resultados dos últimos meses, esse número mostra que há sinais de “perda de fôlego” na confiança do empresariado nos últimos meses, “diante de uma realidade que não é a esperada”, diz Moreira.

Após ser impulsionada, em certa medida, pelas expectativas positivas derivadas da mudança de governo e do ciclo de ajuste de estoques, a confiança parece estar sob reavaliação.

As elevadas taxas de juros para empresas e consumidores, e um mercado de trabalho em processo de deterioração estão entre os fatores que limitarão a velocidade de uma eventual recuperação da atividade econômica a frente. Diante disso, o Depecon considera que a possível retomada da indústria será lenta e gradual.

INA por setor

O INA do setor de minerais não metálicos exibiu retração de 2,1% na passagem de setembro para outubro, já descontadas as influências sazonais, com a contribuição negativa de todas as variáveis (-3,5% nas Horas Trabalhadas na Produção, -3,0% no Total de Vendas Reais e -0,9 p.p. no NUCI).

Nos farmacêuticos, o INA, também livre de influências sazonais, apresentou alta de 0,6% na passagem de setembro para outubro, com destaque para a alta de 1,7% no Total de Vendas Reais. Já as Horas Trabalhadas na Produção diminuíram 2,5%, e o NUCI recuou 0,2 p.p..

O INA do setor de químicos subiu 1,2% em outubro na comparação com o mês anterior, na série já dessazonalizada. O resultado do setor foi influenciado pelo aumento de 2,1% da variável Total de Vendas Reais e de 0,2% nas Horas Trabalhadas na Produção, ao passo que o NUCI diminuiu 1,7 p.p.

(Agência Indusnet Fiesp – 29/11/2016)

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