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Tombini sinaliza juros estáveis e diz que pode vender dólares das reservas

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sugeriu nesta quinta-feira (24) que o BC pode vender dólares das reservas internacionais, em um momento em que a cotação da moeda frente ao real bate recordes históricos – nesta quinta, a moeda chegou a passar de R$ 4,24.

Segundo Tombini, o BC vai assegurar que os mercados de câmbio funcionem de forma eficaz “independentemente da dinâmica dos preços” [patamar do dólar], e acrescentou que a taxa básica de juros da economia, a Selic, deve permanecer no atual patamar de 14,25% ao ano por um “período suficientemente prolongado”.

ENTENDA como o BC intervém no dólar: swap cambial, leilão de linha e venda direta

A venda direta de dólares das reservas internacionais pelo Banco Central no mercado à vista, possibilidade não afastada por Tombini, é algo que não acontece desde fevereiro de 2009. Desde 2013, o BC tem atuado no mercado de câmbio por meio da oferta de contratos de “swaps cambiais”, operações que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, e, mais recentemente, com os chamados leilões de linha – venda de dólares no mercado à vista, mas com retorno posterior para as reservas cambiais.

“Todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente. Se utilizaremos este ou aquele instrumento, veremos no acompanhamento diário do mercado de câmbio por parte do Banco Central”, declarou Tombini a jornalistas ao ser questionado se a instituição poderá adotar a venda de dólares das reservas, sem retorno posterior.

“A reserva internacional é um seguro, que pode e deve ser utilizado”, acrescentou Tombini. Ele não quis responder, porém, se haverá um programa de oferta diária de dólares ao mercado. “Não gostaria de detalhar estratégia de atuação”, se limitou a dizer o presidente da autoridade monetária, que normalmente não participa dos comentários do relatório de inflação – documento que é divulgado trimestralmente pelo Banco Central.

Definição da taxa de juros

Alexandre Tombini reafirmou ainda que a estratégia da política de definição dos juros para conter as pressões inflacionárias do BC contempla a manutenção do atual nível da taxa Selic em 14,25% ao ano por um período “suficientemente prolongado” de tempo. “Essa é a estratégia do BC”, declarou.

Segundo ele, as recentes elevações nas taxas de juros do mercado, movimento que tem se intensificado nos últimos dias, refletem “aumento dos prêmios de risco”, na visão do mercado, mas “não devem ser entendidas como expectativa para a trajetória futura da política monetária da instituição”.

“A elevação dos juros do mercado não servirá de guia para condução da política monetária nos próximos meses. A política monetária é de estabilidade da taxa Selic por um período suficientemente prolongado”, reiterou o presidente do Banco Central.

Objetivo de 4,5% em 2016

O comandante da autoridade monetária também reafirmou o objetivo de atingir a meta central de inflação de 4,5% em 2016, apesar de projetar um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,3% para o ano que vem e de sinalizar que não deve subir a taxa básica de juros nos próximos meses.

“Há partes [fatores que impactam a inflação] se movendo com grande velocidade. Esses desenvolvimentos recentes têm fatores para os dois lados, uns que aumentam a pressão sobre a inflação, e outros que reduzem que é por exemplo o aperto das condições financeiras da economia e uma maior folga da economia no mercado de trabalho e em setores importantes, refletidos no uso da menos capacidade instalada. O BC seguirá vigilante para atingir seus objetivos”, declarou ele.

(G1 – 24/09/2015)

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