A produção em capacidade máxima das unidades aponta também para uma saturação do parque nacional de refino. À espera de quatro novas refinarias anunciadas pela Petrobrás, mas nem todas confirmadas por causa de custos bilionários, o País poderá viver um déficit ainda maior no processamento de derivados. A paralisação da Repar é um exemplo do efeito cascata no comprometimento da cadeia de distribuidores. A Nacional Gás, que distribui gás de botijão a revendedores de todo o País, apelou para importação de outros Estados e teve reduzida sua capacidade de venda para 60%. “Estamos trazendo gás de fora, de carreta, imagina o custo disso. Mas não podemos deixar de abastecer clientes da indústria, hospitais e condomínios que têm contratos firmes”, disse o gerente comercial da Nacional Gás,, Mauro Jans. Na avaliação do professor da Coppe/UFRJ, Alexandre Szklo, as unidades em funcionamento, construídas nas décadas de 60 e 70, precisam passar por reformas e expansão para garantir o atendimento da demanda crescente. “As refinarias têm condições de operar em nível de utilização alto, mas isso tem um tempo limite.”
(O Estado de S.Paulo, 15/12/2013)