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Rebaixamento da Petrobras é ‘questão passageira’, diz Braga

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta sexta-feira (11) que o rebaixamento da nota e perda do grau de investimento da Petrobras pela Standard & Poor’s (S&P), anunciado na véspera, é uma “questão passageira”. Braga disse ainda que o governo está otimista de que “o pior já passou”.

“A nota em relação à Petrobras foi consequência da nota em relação ao país. Creio que isso é uma questão passageira. Nós estamos com números na Petrobras que estão cada vez mais robustos e melhorando (…). Portanto, nós estamos otimistas de que o pior já passou e que nós estamos diante de um processo efetivamente de recuperação e de fortalecimento da Petrobras ”, afirmou.

O ministro falou brevemente a jornalistas ao chegar ao ministério, em Brasília, pouco antes de receber, para uma reunião fechada, o presidente da Vale e do Conselho da Petrobras, Murilo Ferreira. Durante a conversa, Braga negou que a nova situação da estatal afete empréstimos já negociados.

“Como a própria Petrobras já declarou, toda a sua demanda de contratos de financiamento está resolvida e que, portanto, os seus financiamentos de médio e longo prazo estão equacionados. A Petrobras tem outros desafios pela frente e ela precisará continuar o trabalho que ela vem fazendo, não apenas de reestruturação dos seus negócios, de estratégia, etc., mas também dos seus projetos de desinvestimentos, dos seus projetos de poder realizar a capitalização da empresa cada vez mais, a fim de que nós possamos estar em condições de fazer as transformações necessárias na empresa”, completou.

O ministro defendeu ainda corte de gastos e a busca de novas fontes de receita, sem entrar em detalhes. “Isso reforçará a necessidade do governo brasileiro fazer, não apenas os cortes que são necessários, além dos que já foram feitos, mas também estudar efetivamente quais são as novas fontes de receita que o país precisará para poder equilibrar o seu ajuste fiscal.”

Rebaixamento

O rebaixamento da nota de 31 empresas – entre elas a Petrobras – e de outras 13 instituições financeiras, das quais 11 perderam o selo de bom pagador – foi anunciado na quinta-feira (10) pela Standard & Poor’s.

A ação foi um desdobramento direto do rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, anunciada na quarta (9), que fez o país perder o selo de bom pagador na classificação da S&P.

Segundo a agência, as novas notas refletem a visão da S&P de que as empresas estão atualmente com o número máximo de “degraus” de diferença acima da nota do país.

Entre os 13 bancos com ratings afetados após o corte da nota do Brasil, dois já não tinham grau de investimento; as demais o perderam. Entre os bancos que têm agora grau especulativo estão o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, BNDES e Caixa Econômica Federal.

Grau especulativo

A nota da Petrobras foi rebaixada em dois níveis, de “BBB-“ para “BB”, com perspectiva negativa. A estatal está agora na categoria especulativa.

Em comunicado, a Petrobras afirmou que a financiabilidade dos projetos da companhia, no médio prazo, foi alcançada por meio de financiamentos captados neste ano com instituições financeiras no Brasil e no exterior.

“A companhia esclarece, ainda, que seus financiamentos não possuem cláusulas atreladas ao rating das agências classificadoras de risco. Ou seja, a reclassificação não provocará alterações nos contratos vigentes”, informou a estatal.

A estatal está no centro das investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Em abril, a companhia calculou em R$ 6,194 bilhões as perdas por corrupção e reduziu o valor de seus ativos em R$ 44,3 bilhões.

(G1 -11/09/2015)

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