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Petrobrás é acusada de usar plataformas inacabadas para ajudar governo

De acordo com o sindicato, empresa inaugurou em 2013 plataformas que precisaram ser finalizadas em alto-mar, o que é mais caro e lento, além de menos seguro aos trabalhadores. Última plataforma da Petrobrás a ser entregue, em cerimônia em dezembro com a presença da presidente Dilma Rousseff, a P-62 saiu do estaleiro incompleta. Não foi a primeira, segundo sindicalistas. Por pressão política, para melhorar o saldo da balança comercial e para dar satisfação ao mercado, as plataformas são inauguradas inacabadas e depois finalizadas em mar – o que é mais caro e lento para a empresa, além de menos seguro para trabalhadores. “Precisam justificar ao mercado que a empresa vai ter capacidade de produção nos próximos meses, tem muita pressão”, diz o representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobrás, José Maria Rangel, que levará o assunto a discussão na reunião do órgão no próximo dia 25. O diretor de segurança e saúde do Sindipetro-NF, Norton Almeida, credita o lançamento ao mar de plataformas ainda não operacionais a pressão política. No início do mês, ele embarcou na P-62 e conferiu pessoalmente os problemas. O sindicato diz que o sistema náutico saiu do estaleiro sem um cabo de ré, sem uma das amarras do sistema de ancoragem de bombordo (lado esquerdo) e sem o sistema elétrico pronto, entre outros itens. O cabeamento de energia incompleto forçou, por exemplo, a instalação de um gerador de energia que pegou fogo em janeiro, quando a plataforma navegava em direção ao campo de Roncador, na Bacia de Campos. Foram 40 minutos para controlar o incêndio, ao lado de um tanque de diesel, segundo Almeida. A unidade chegou à locação com duas semanas de atraso.
(O Estado de S.Paulo, 14/02/2014)

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