A sobrevivência da Organização Mundial do Comércio (OMC) é importante, mas a instituição precisa passar por mudanças, afirmou o presidente do Conselho de Comércio Exterior (Coscex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa, durante reunião do conselho, na manhã desta quarta-feira (11/12). Segundo o embaixador, o problema atual da OMC não é isolado. “O multilateralismo como um todo vive uma crise geral”, afirmou Barbosa. Segundo ele, a OMC passa pela necessidade de uma reformulação. Isso porque a diversidade de opinião dos 160 países membros da organização impossibilita o avanço real das negociações e a conclusão da Rodada Doha. Para Barbosa, o resultado da IX Conferência Ministerial da OMC, em Bali, realizada de 3 a 6 de junho, foi limitado. “A OMC terá dificuldades para incorporar uma nova agenda para liberalização do comércio e a redução do protecionismo”, opinou. Barbosa também chamou a atenção para a importância de o Brasil negociar acordos de livre comércio fora do âmbito da OMC. “Enquanto 354 acordos entraram em vigor fora do escopo da OMC, o Brasil e o Mercosul – à margem desse processo – firmaram apenas três acordos, de menor importância”, disse. Vera Thortensen, coordenadora do Centro de Comércio Global e Investimento (CCGI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também participou da reunião do Coscex.
(Agência Indusnet Fiesp – 11/12/2013)