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O ajuste fiscal deve ser feito na redução de despesas, diz Paulo Skaf

Presidente da Fiesp e empresários se encontraram com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na sede da federação. Na manhã desta quinta-feira (29/01), o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, participou, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de um encontro com o Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e com empresários de diversos segmentos da indústria. Durante o encontro, os empresários externaram suas preocupações com os rumos da economia e seus impactos na atividade da indústria paulista.

“Mostramos ao ministro que não há como pensar em qualquer aumento tributário. O ajuste fiscal tem que ser feito muito mais na mão da redução de despesas e o ministro deixou claro que a intenção é essa mesmo, que 70% do ajuste fiscal está no lado de redução de gastos e não no aumento da arrecadação”, disse Skaf. Segundo Nelson Barbosa, sua vinda à Fiesp teve o intuito de discutir como ajudar a recuperação da indústria e a retomada do crescimento econômico. “Discutimos a situação geral da indústria, a estratégia de reequilíbrio fiscal do governo e como podemos viabilizar, do lado do governo, a recuperação mais rápida do crescimento da economia”, afirmou Barbosa após se reunir por cerca de duas horas com empresários.

Auxílio-doença

Questionado sobre as recentes mudanças nas regras no pagamento do auxilio-doença, Paulo Skaf afirmou que a federação “não está de acordo” com a nova norma. Atualmente o benefício é pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) ao trabalhador que ficar mais de 15 dias afastado. Mas, pela nova regra, o prazo de afastamento para que a responsabilidade seja repassada ao INSS é de 30 dias.
“Está muito clara a posição do governo. Mas a posição da indústria é contrária a essa ampliação”, afirmou Skaf. “A indústria já tem uma carga tributária muito elevada e vamos discutir isso no congresso”, completou. O ministro Nelson Barbosa afirmou ainda que as recentes medidas, mais rígidas, para concessão de benefícios ao trabalhador são “do tamanho que a gente considera correto” e afirmou: “Vamos defender essas medidas no Congresso, na mídia e em todos os espaços”.

Em dezembro, o governo anunciou mudanças no acesso a diversos benefícios previdenciários, entre eles a pensão por morte e o seguro-desemprego. Ainda na manhã desta quinta-feira o governo anunciou a criação do Grupo de Trabalho Interministerial de Acompanhamento de Gastos Públicos do Governo Federal (GTAG). Segundo Barbosa, o grupo tem um objetivo conjuntural para auxiliar os ministérios a atravessar o ano “de forte restrição” e também a função de preparar o Planejamento Plurianual (PPA) do governo federal.

“O GT vai discutir qual a situação orçamentária de cada ministério esse ano e como cada um pode cumprir o 1/18 avos que está vigente enquanto o Congresso não aprova o orçamento”, explicou Barbosa. Ele acrescentou ainda que também é função do grupo avaliar “como cada ministério vai poder se adaptar ao contingenciamento”.

Entre os empresários que participaram da reunião com o Ministro Barbosa, estiveram o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior; o sócio fundador da CAOA, Carlos Alberto de Oliveira Andrade; Francisco Ferrarolli, presidente de negócios Fibras na América Latina da Rhodia; Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa & Segurança; José Antônio Fernandes Martins, presidente de relações institucionais da Marcopolo, Josué Christiano Gomes da Silva, presidente da Coteminas; Mauricio Ferro, vice-presidente jurídico da Odebrecht; Sonia Regina Hess de Souza, presidente da Dudalina, entre outros.

(Agências Indusnet Fiesp – 29/01/2015)

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