As commodities internacionais que têm influência sobre a inflação brasileira voltaram apresentar queda pelos cálculos do Banco Central (BC). O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) declinou pelo segundo mês seguido – em maio, a baixa foi de 1,96%, depois de queda de 2,53% em abril. O indicador é construído partindo dos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas con vertido para reais. Seu equivalente internacional, o Commodity Research Bureau (CRB), mostrou variação positiva de 0,14% no mesmo período – na conta feita pelo BC. Em 12 meses até maio, o indicador aponta acentuada alta, de 14,07%, e registrou variação positiva de 2,45% no acumulado de 2014. O CRB avançou 15,16% em 12 meses e apresentou elevação de 3,22% em 2014. Entre os três subgrupos que compõem o IC-Br, dois apontaram queda no mês passado. O grupo de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) teve queda de 2,51% na passagem de abril para maio, mas aumentou 5,89% no ano. Em 12 meses, o avanço foi de 14,52%. Em abril, o grupo tinha recuado 2,76%. Queda também no preço das commodities metálicas (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), de 1,77% no mês e de 6,92% em 2014. Em 12 meses, porém, houve ganho, de 9,96%. Em abril, esses preços tinham caído 1,12%. Em direção contrária, as commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) mostraram leve alta de 0,48% em maio. No ano, no entanto, esses preços diminuíram 2,40%. Mas nos últimos 12 meses a valorização foi de expressivos 15,92%. Em abril, a queda correspondeu a 2,89%.
(Valor – 04/06/2014)