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Expansão de telecomunicações na Amazônia é uma das oportunidades futuras para a indústria, informa Exército em evento na Fiesp

As apresentações técnicas foram um dos principais momentos do seminário “Diálogo entre o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército e a Indústria Nacional”, realizado na tarde desta terça-feira (19/08) na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Entre elas, a do vice-chefe de Tecnologia da Informação e Comunicação do Exército, general Antonino dos Santos Guerra, e do general Ubiratan de Salles, diretor de Fabricação do Exército. Leia um resumo das apresentações no evento do Departamento da Indústria da Defesa (Comdefesa) da Fiesp. General Antonino dos Santos Guerra, vice-chefe de Tecnologia da Informação e Comunicação do Exército. O general Guerra destacou a importância e as oportunidades para as indústrias nos projetos de Defesa que darão um salto em inovação no país. “Sem a parceria da indústria fica difícil a realização das ações de Defesa.”

Na área tecnológica, segundo ele, as necessidades vão desde o desenvolvimento de softwares, sistemas e equipamentos de comunicação, redes corporativas e até defesa cibernética. Guerra também abordou como oportunidades futuras a expansão do sistema de telecomunicação em fibra ótica na Amazônia. “Já estamos fazendo o orçamento desse mapeamento neste ano.”

Outra área que está em processo de grande desenvolvimento tecnológico é o Serviço de Cartografia do Exército. “Hoje é um dos sistema mais modernos e está sendo feito com os recursos do Sisfron”, afirmou o vice-chefe de Tecnologia da Informação e Comunicação do Exército. No entanto, segundo ele, há muito a fazer. “A Inglaterra faz o seu mapeamento cartográfico a cada cinco anos. O Brasil ainda não conseguiu fazer o do seu território.”

Na área de desenvolvimento de sistemas, o Exército tem como desafio criar sistemas integrados para gerenciamento de saúde e gerenciamento logístico. Este último funcionará com a base de dados do sistema de materiais do exército e apoiar decisões logísticas dos diversos escalões da força terrestre. Defesa Cibernética é também uma área de preocupação – e de avanços – no Exército. O general ressaltou duas inovações desenvolvidas por equipes do Exército: um software antivírus, que ainda encontra dificuldades devido a demora no registro de patente, e um simulador de operações cibernéticas que já foi apresentado em competições internacionais com sucesso. Mas o projeto que a trará mais benefícios para a sociedade brasileira, segundo Guerra, é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), cujo próximo contrato está planejado para julho de 2015, abrindo oportunidades para novos parceiros, novas áreas e também novas capacidades. Ao monitorar os diversos crimes de fronteira, entre os quais o narcotráfico, o Sistema irá ajudar a diminuir o custo da violência no País, que segundo a Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), representava 5% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2012.

Outro ganho proporcionado pelo Sisfron é o fortalecimento da indústria nacional e a geração de “bons empregos” no Brasil. Na área de equipamentos de uso dos combatentes existem inúmeros possibilidades de aquisição de produtos nacionais. Atualmente, o Exército está fazendo o levantamento dos requisitos dos itens necessários com alto grau de exigência e os inteiramente vocacionados para indústria nacional.

General Ubiratan de Salles, diretor de Fabricação do Exército

O general Ubiratan abordou em sua palestra a busca de soluções do relacionamento de sua pasta com a base industrial na área de Defesa. “A nossa ideia é que a indústria participe mais ativamente da pesquisa e desenvolvimento, da gestão e do planejamento do Exército em relação a produtos de Defesa, indo muito além da entrega de produtos”, afirmou. Salles detalhou como deverá ser o modelo de sistema de relacionamento no Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (PCTEG), no Rio de Janeiro, e afirmou que o desafio é definir, com critérios bem estabelecidos, o nível de participação da indústria. “Temos que verificar aonde esses percentuais devem chegar. Temos que participar juntos, industrias, centros de pesquisa e academia.”

De acordo com o diretor de Fabricação, o Exército pode contribuir muito com a indústria na formação de recursos humanos para atender demandas da base da indústria de Defesa. “O Instituto Militar do Exército (IME) tem o objetivo de triplicar a formação de engenheiros. Temos condições de formar e aperfeiçoar esses engenheiros e compartilhar a infraestrutura laboratorial.”

Em relação ao que a indústria pode ajudar o Exército, Ubiratan destacou: “cooperando na interpretação das capacidades militares, ou informando quais empresas estão habilitadas; cooperando na formação e aperfeiçoamento dos engenheiros; participando das pesquisas e desenvolvimento tecnológicos, que estarão a cargo do PCTEG”.

(Agência Indusnet Fiesp – 20/08/2014)

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