O dólar fechou em alta pelo terceiro dia nesta terça-feira (19), após operar com instabilidade. Investidores aguardaram a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e monitoraram o noticiário fiscal brasileiro. A moeda norte-americana subiu 0,75%, a R$ 3,0412 na venda, após ter subido 0,68% na véspera. Este é o valor mais alto das últimas cinco sessões. O número de início de construções de novas moradias nos Estados Unidos saltou em abril à máxima em quase sete anos e meio, oferecendo um vislumbre de esperança aos mercados e elevando novamente os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano. Investidores também buscaram mais pistas sobre o futuro da política monetária norte-americana na ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que será divulgada na quarta-feira.
“Se tivéssemos de escolher, acenaríamos levemente na direção da tese de que a ata será mais ‘hawkish’ do que o mercado atualmente precifica, mas não temos convicção suficiente para nos posicionarmos com base nessa avaliação”, escreveram analistas do Citi em nota a clientes, segundo a Reuters.
“Hawkish” é o termo em inglês usado para apontar uma postura mais dura, com medidas mais radicais. Nesse sentido, os analistas do Citi esperam que a ata do Fomc dê pistas sobre uma possível elevação dos juros nos EUA, o que atrairia mais investidores para o país e motivaria uma alta do dólar.
No Brasil
Investidores ainda monitoram o noticiário fiscal, após o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmar que o contigenciamento do Orçamento deve ficar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões e que o governo não descarta elevar impostos para cumprir a meta de superávit primário deste ano. Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 4,725 bilhões, ou cerca de 49% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,67%, a R$ 3,0184 na venda, após fechar abaixo de R$ 3 nas duas últimas sessões. No mês de maio, o dólar acumula alta de 0,17%, e em 2015, valorização de 13,5%.
(G1 – 19/05/2015)