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Eduardo Cunha culpa governo pelo rebaixamento da nota do Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atribuiu nesta quinta-feira (15) o rebaixamento da nota do Brasil pela agência Fitch Ratings à instabilidade política causada, segundo ele, pela incapacidade do governo de recompor a sua base e de manter a questão do impeachment como “único assunto político” na pauta.

A agência de classificação rebaixou a nota do Brasil de “BBB” para “BBB-“, mas ainda dentro do grau de investimento. A perspectiva foi mantida em negativa, o que significa que o país pode voltar a ser rebaixado em um futuro próximo. O rebaixamento gerou uma troca de acusações entre governistas e oposicionistas em torno dos motivos que levaram à queda da nota brasileira.

“A razão do rebaixamento são vários fatores e é claro que a instabilidade política pode contribuir. (…) O que está causando a instabilidade política no país são vários fatores, dentre eles, o governo que não tem uma base”, afirmou Cunha.

Para ele, o governo tem politizado a questão do impeachment e partido para o “confronto”, o que só acentua a crise política. “Não só falando, partindo para um confronto, a gente vê falas que são falas de um confronto. (…) O impeachment não pode nem deve ser usado como recurso eleitoral”, disse.

Na avaliação do presidente da Câmara, a reforma administrativa empreendida pelo governo para ampliar o seu apoio no Congresso Nacional, com a redistribuição de ministérios para o PMDB, principal partido aliado, não funcionou. “O governo fez uma reforma e conseguiu resolve a sua base? Não. O governo sempre manteve os mesmos votos que tinha na Casa”, justificou.

Além de não conseguir recompor sua base, Cunha considera que o governo não fez sua parte ao tentar resolver o problema fiscal deficitário ao contar com a aprovação no Legislativo da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) sem apresentar alternativas para solucionar a questão.

“Quando o governo manda propostas inexequíveis para cobrir o déficit orçamentária, dentro elas, por exemplo, a recriação da CPMF, o governo sinaliza que, diante do quadro político que tem, que não tem maioria na Casa para aprovar uma CPMF e uma maioria qualificada de 3/5, é óbvio que o governo contribui com o conceito da instabilidade política”, avaliou.

Segundo ele, o rebaixamento da nota pela Fitch era “previsível” após a Standard & Poor’s ter feito o mesmo. “[O governo] Tentaram trabalhar para que [a agência] não fizesse [o rebaixamento]. Para que ela [agência] não fizesse, mandaram a proposta da CPMF para cá sem garantia absoluta de que iria aprovar. Era para dar uma demonstração que teria algum tipo de controle. Então, o governo não está fazendo a sua parte”, criticou Cunha.

(G1 – 15/10/2015)

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