O dólar fechou em queda pelo 2º dia seguido, na menor cotação em mais de de 1 mês, após números fracos sobre o varejo nos Estados Unidos reforçarem a perspectiva de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, ainda irá demorar para elevar os juros. A moeda norte-americana também foi guiada pelos preços do petróleo, que tiveram um dia marcado por volatilidade. O dólar fechou em baixa de 0,6%, a R$ 2,6213 na venda, na menor cotação desde 10 de dezembro, quando a divisa terminou o dia cotada a R$ 2,6125 na venda. Na mínima da sessão, a divisa chegou a atingir R$ 2,6007. As vendas no varejo nos EUA recuaram 0,9% em dezembro, acima das expectativas, aumentando as apostas de manutenção dos juros norte-americanos nos atuais patamares, quase zerados, o que manteria a atratividade de ativos que pagam juros maiores, como o brasileiros. A queda do petróleo, sintoma de excesso de oferta e demanda fraca, também vem deixando investidores avessos a ativos que oferecem maior risco, como os brasileiros. Parte dessas preocupações vem sendo compensada pelo otimismo cauteloso sobre a política fiscal brasileira. Os mercados vêm recebendo bem as medidas anunciadas pela nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff para recuperar a credibilidade fiscal do país, mas ainda havia incertezas sobre a meta de superávit primário definida para este ano, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Intervenção diária do BC
Nesta manhã, o Banco Central continuou com suas intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,25 mil contratos para 1º de setembro e 750 para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,6 milhões de dólares. O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 42% do lote total.
(G1 – 14/01/2014)