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Dólar fecha em baixa após declarações de Levy

Após abrir em alta, o dólar virou e fechou em baixa nesta terça-feira (13), com investidores recebendo bem as declarações sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçando a política fiscal mais austera que está sendo implementada. A moeda norte-americana recuou 1,17%, cotada a R$ 2,6369 na venda. Na semana, há leve queda de 0,08% acumulada. No ano e no mês, a desvalorização é de 0,82%. Mas investidores ainda adotaram uma postura cautelosa, diante da contínua queda dos preços do petróleo às mínimas em quase seis anos. “Aparentemente, o governo está mirando em um ‘upgrade’ do rating. Isso é favorável para o real, porque atrai mais capital para o mercado”, disse à Reuters o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. Levy afirmou que trazer a dívida pública para abaixo de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhorar a sua classificação de risco. Ele também disse que qualquer aumento de impostos terá impacto mínimo sobre a atividade econômica. As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vêm prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas estabelecidas para o superávit primário, que foram consideradas difíceis. Para este ano, o objetivo é equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os próximos dois anos, de 2%.

Fator petróleo

Agentes financeiros também adotaram cautela diante da queda dos preços do petróleo, que renovaram nesta sessão as mínimas em quase 6 anos, após os Emirados Árabes Unidos reiterarem a posição de não cortar a produção para enfrentar o excesso de oferta e a demanda fraca global. A baixa da commodity vem deixando investidores receosos, alimentando a demanda por ativos mais seguros, como o dólar. Agentes financeiros também mostraram preocupação com a perspectiva de alta dos juros nos EUA, que deve acontecer ainda neste ano. “O quadro externo está turbulento e o quadro interno está incerto. Isso faz o mercado se resguardar”, afirmou à Reuters o gerente de câmbio da corretora TOV, Celso Siqueira.

Atuação do BC

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a US$ 98,2 milhões. O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 38% do lote total.

(G1 – 13/01/2014)

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