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Dólar fecha em alta após dados nos EUA e tensão com Ucrânia

O dólar voltou a se fortalecer frente às principais moedas na volta do feriado prolongado de Páscoa diante da divulgação de dados econômicos mais positivos nos Estados Unidos e da maior apreensão em relação à crise na Ucrânia. O mercado doméstico acompanhou a maior demanda pela moeda americana no exterior, com os investidores aguardando o dado do setor industrial chinês, que será divulgado hoje à noite. O dólar comercial fechou em alta de 0,27% a R$ 2,2420. No mercado futuro, a moeda americana avançava 0,11% para R$ 2,247. Lá fora, o dólar subiu frente às principais moedas emergentes após a divulgação de dados melhores da economia americana, que levou a alta das taxas dos Treasuries.  A moeda americana subia 0,20% frente ao peso mexicano, 0,51% em relação ao rand sul-africano, 0,37% diante da lira turca e 0,80% frente ao peso chileno. O índice da indústria regional elaborado pelo Federal de Richmond subiu de um número negativo de 7 pontos em março para um número positivo de 7 pontos em abril. Já as vendas de casas usadas caíram 0,2% em março em relação a fevereiro. A queda, no entanto, ficou abaixo do recuo de 0,7% esperado pelo mercado. Os dados ajudaram a reforçar a perspectiva de recuperação da economia americana, que abre espaço para o Federal Reserve iniciar a normalização da política monetária americana logo após o encerramento do processo de retir ada dos estímulos monetários. Ainda no cenário externo, o aumento da preocupação com a crise na Ucrânia e maior tensão entre Estados Unidos e Rússia reduziram o apetite dos investidores por ativos de maior risco. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que a Rússia deve retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia, Ativistas pró-Rússia ocupam prédios públicos nas cidades da região do leste da Ucrânia. O governo americano tem ameaçado ampliar as sanções à Rússia se não houver um progresso nas negociações. No mercado interno, as operações de emissão de bônus no exterior por parte da empresas brasileiras e as atuações do Banco Central no câmbio, além da elevada taxa básica de juros, têm limitado uma alta maior da moeda americana. Hoje a petroquímica Braskem anunciou a captação de US$ 250 milhões na reabertura de uma emissão de bônus com vencimento em 2014. Analistas afirmam, no entanto, que o fluxo em abril deve ser menor que o registrado em março em função do número mais reduzido de operações por conta dos dois feriados prolongados e do volume menor das captações externas, que foram impulsionadas no mês passado pela emissão de bônus da Petrobras que somou US$ 8,5 bilhões. No mês, até o dia 11, o fluxo cambial estava positivo em US$ 1 bilhão, depois de ter registrado entrada líquida de US$ 2,304 bilhõ es em março. O Banco Central tornou a vender hoje todos os quatro mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão do programa de intervenção, em operação que funcionou como uma injeção de US$ 198,0 milhões no mercado futuro. Com isso, o BC elevou a US$ 87,556 bilhões sua posição vendida em dólar via swaps junto ao mercado. A autoridade monetária ainda fez a rolagem de mais 10 mil contratos de swap cambial, que tinham vencimento em 2 de maio, operação que  movimentou US$ 492,3 milhões. Com o leilão de hoje, restam US$ 3,233 bilhões a serem renovados, de um total de US$ 8,733 bilhões em contratos de swap com vencimento previsto para o início do mês que vem. No atual ritmo de leilões de rolagem, o BC caminha para não fazer a rolagem integral dos contratos com vencimento em maio. Segundo o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano, essa perspectiva, que vem ganhando cada vez mais força, pode estar por trás da valorização mais intensa do dólar hoje ante o real. O BC deixou de rolar mais de US$ 2,5 bilhões em swaps que venceram no início de abril, de um lote total de US$ 10,148 bilhões.

(Valor – 22/04/2014)

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