Robson Braga de Andrade e Dilma RousseffDilma Rousseff e Robson Braga de Andrade participaram da 7ª Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas O aprofundamento dos laços econômicos com a União Europeia tornou-se fundamental diante da crescente integração entre os países no mundo. Essa foi a mensagem do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante o 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, na última segunda-feira (24). “É imprescindível avançarmos nas negociações de acordo de livre comércio, sobretudo com a União Europeia. Estamos, novamente, diante de um momento chave dessas negociações. E esperamos que, no próximo mês, possa ocorrer uma bem sucedida troca de ofertas”, disse Robson Braga de Andrade. Segundo o presidente da CNI, embora os temas comerciais não façam parte das discussões da Parceria Estratégica Brasil – União Europeia, não há como ter uma parceria sólida sem avanços na área. “Esse tem sido um caminho longo e sinuoso, mas a indústria brasileira reitera a necessidade de se adotar uma nova estratégia de política comercial para responder, com urgência, aos desafios da competitividade do século 21”, afirmou Braga de Andrade. Em paralelo, a CNI defende que Brasil e UE avancem na cooperação regulatória, para eliminar barreiras não tarifárias, e assinem Acordos de Reconhecimento Mútuo. Esses acordos permitiriam, por exemplo, que os certificados emitidos pelo Inmetro fossem aceitos pelos países europeus. Atualmente, cada máquina, equipamento ou eletroeletrônico, entre diversos outros produtos industriais brasileiros, precisam ser certificados dentro e fora do Brasil por órgãos diferentes. A CNI adiantou ainda que, na área de facilitação do comércio, trabalha em parceria com a Receita Federal do Brasil numa proposta de Operadores Econômicos Autorizados (OEA), conforme o acordo recentemente assinado na Organização Mundial do Comércio (OMC) em Bali. Dessa forma, o custo de importação e de exportação seria reduzido e os trâmites aduaneiros acelerados. O esforço da CNI é para que o modelo de Operadores Econômicos Autorizados sejam compatíveis com o modelo dos Estados Unidos e da União Europeia.
PLANO DE AÇÃO – O governo do Brasil e a Comissão Europeia, com os setores privados das duas regiões, assinaram o Plano de Ação sobre Investimentos e Competitividade, também na segunda-feira (24), em Bruxelas. Para a CNI, o ponto de destaque no plano, que vai pautar a agenda em 2014, é o levantamento das dez medidas mais onerosas na relação econômica bilateral. Assim, a CNI espera que a UE prossiga como seu maior e principal parceiro comercial e investidor no Brasil.
(Portal da Indústria – 27/02/2014)