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CNI defende política industrial de longo prazo aliada à política econômica

Presidente da CNI defendeu, em encontro de empresários com o pré-candidato Aécio Neves (PSDB), em São Paulo, a adoção das reformas necessárias para impulsionar o crescimento sustentável, de longo prazo. Robson Braga de Andrade O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu nesta segunda-feira (2), em São Paulo (SP), que o próximo governo adote uma política industrial de longo prazo apoiada na política econômica, e que os incentivos dados pela primeira não sejam corroídos por problemas ou desvios de curso da segunda, como intensas variações cambiais e juros elevados, por exemplo. A afirmação foi feita durante encontro com cerca de 270 empresários com o pré-candidato Aécio Neves (PSDB), promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo. Para o presidente da CNI, todo país desenvolvido tem uma indústria forte. “Não conheço país rico sem indústria. Uma país forte produtor de commodities que não tenha indústria tem dificuldades em distribuir a renda de uma maneira mais igualitária, que favoreça o crescimento econômico com o desenvolvimento social. A indústria é o melhor meio de distribuir bem-estar”, avaliou. Ainda de acordo com Robson Braga de Andrade, para o país crescer de 4% a 5% ao ano, de maneira sustentável, é necessário que haja investimentos da ordem de 24% a 25% do PIB. “Hoje, estamos crescendo pouco porque o investimento está na casa dos 17%”, disse. A falta de regras claras, segurança jurídica, previsibilidade, as dificuldades na esfera trabalhista, a burocracia e a alta carga tributária desestimulam os investimentos. Isso fez a indústria perder participação na composição do PIB. “Em 1985, a indústria de transformação era 36% do PIB. Hoje, representa 13%”, exemplificou. Aécio Neves disse que a discussão atual sobre economia deveria ser a da competitividade e da produtividade das empresas brasileiras. Não mais sobre o recrudescimento da inflação, a perda de credibilidade internacional do Brasil e a possibilidade de racionamento de energia elétrica, entre outros. “Temos de travar uma guerra absoluta contra o Custo Brasil, que se dará nos campos da reforma tributária, da segurança jurídica e da infraestrutura. Além da viabilização de um ambiente econômico propício para as parcerias com o setor privado”, completou o pré-candidato.

(Portal da Indústria – 03/06/2014)

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