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China promete gastar US$ 277 bi para enfrentar a poluição do ar (meio

A China pretende investir 1,7 trilhão de yuan (US$ 277 bilhões) nos próximos cinco anos no combate à poluição do ar, informou ontem a imprensa estatal, ressaltando a disposição do governo de resolver um problema que vem sendo uma fonte importante de insatisfação social.
O dinheiro será aplicado principalmente em regiões que estão sofrendo muito com a poluição do ar e onda há a presença de partículas em suspensão de 2,5 micrômetros de diâmetro, informou o jornal estatal “China Daily”, citando Wang Jinnan, vice-presidente da Academia Chinesa de Planejamento Ambiental, que ajudou a elaborar o plano.
As pequenas partículas em suspensão com diâmetro de 2,5 micrômetros ou menos são especialmente perigosas porque podem se instalar nos pulmões e provocar problemas respiratórios e outras doenças.
Segundo o jornal, o novo plano almeja especificamente o norte da China, particularmente Pequim, Tianjin e a Província de Hebei, onde a poluição do ar é um problema especialmente sério. A reportagem diz ainda que o governo quer reduzir as emissões de poluentes nessas áreas em 25% até 2017, em comparação aos níveis de 2012.
“A grossa névoa de poluição que cobriu grandes áreas do país em janeiro mereceu a atenção do governo nessa questão”, disse ao jornal Zhao Hualin, um funcionário graduado do Ministério da Proteção Ambiental. O Conselho de Estado da China aprovou o plano em junho, segundo Zhao.
O “China Daily” disse que se trata “do mais amplo e duro plano da China para controlar, e em algumas regiões diminuir, a poluição do ar até o ano de 2017”. O governo pretende pôr em andamento mais dois planos para enfrentar o problema da poluição da água e da poluição nas áreas rurais nos próximos cinco anos, continua a reportagem.
Em dezembro de 2012, a China informou que iria gastar 350 bilhões de yuan (US$ 56 bilhões) até 2015 para conter a poluição do ar nas grandes cidades. Chei Fahe, vice-presidente da Academia Chinesa de Pesquisas e Ciências Ambientais, disse ao jornal que os líderes chineses perceberam, após o anúncio do plano em 2012, que era preciso uma postura mais dura em relação à poluição do ar.
A poluição que escureceu o céu em cidades do norte do país em janeiro provocou a ira da opinião pública, assim como a descoberta, em março, de milhares de corpos de porcos em putrefação em um rio que fornece água à cidade de Xangai.
A insatisfação social com os problemas ambientais vem se tornando comum na China, para preocupação do governo. As autoridades vêm tentando amenizar esse descontentamento com medidas como conceder aos tribunais de Justiça autorização para decretar a pena de morte em casos graves de poluição.
Mas os resultados têm sido insatisfatórios. A fiscalização é um problema no âmbito local, onde os governos frequentemente dependem dos impostos pagos por empresas poluentes.
(Valor, 26/07/13)

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