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Brasil será sede da próxima edição do Worldskills, em 2015

Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, será palco da maior competição de ensino profissional do mundo. Evento ocorre entre 11 e 16 de agosto

O Brasil é palco de grandes eventos internacionais. Depois de ser eleito para sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, o país foi escolhido para receber o Worldskills 2015, maior torneio de educação profissional do mundo.  O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, apresenta no sábado (7), para os dirigentes das 53 delegações mundiais que participam da competição, o que os milhares de competidores podem esperar do evento em São Paulo. Ele mostra também as iniciativas que o Brasil vem adotando em educação profissional para o presente e para os próximos anos. O Worldskills 2015 ocorrerá no Pavilhão do Anhembi entre 11 e 16 de agosto.

Lucchesi reforçou a importância do ensino profissional como grande oportunidade do jovem ter uma carreira estável e bem remunerada. Além disso, com uma mão de obra qualificada, qualquer país tem chances de ter uma economia aquecida e um crescimento sustentado. “É um ciclo virtuoso, bom para o país e ótimo para o jovem e sua família”, comenta o diretor do SENAI.

Ele disse que o SENAI e o governo brasileiro, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), vêm trabalhando para aumentar, nos próximos anos, o número de alunos qualificados nas instalações do SENAI, que deve alcançar, em 2014, mais de quatro milhões de matrículas por ano.

ESTRATÉGIA – O tema educação é o principal fator de competitividade para o desenvolvimento do país, aponta o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. O documento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe caminhos para que o Brasil se desenvolva por meio de dez fatores-chave até 2022, quando o país completa 200 anos de independência.

Uma das metas propostas é dar um salto de qualidade na educação básica, melhorando a avaliação brasileira no PISA (ranking internacional que avalia qualidade da educação básica) e aumentar a qualidade da mão de obra brasileira por meio de aumento do número de estudantes no ensino profissional.

No Brasil, apenas 6,6% dos jovens fazem algum tipo de curso de ensino profissional, juntamente com a educação formal. Países que adotaram o sistema dual – em que a educação tradicional é conciliada com formação técnica – conseguiram aumentar a produtividade dos trabalhadores e turbinar a economia. Os exemplos mais bem sucedidos são o Japão, onde 55% dos jovens possuem este ensino mais completo; a Alemanha, com 52%; a França e Coréia do Sul, com 41%.

PRECONCEITO – Para Lucchesi, é preciso acabar com o preconceito existente entre algumas pessoas com a educação profissional. O boom demográfico mostra que o Brasil está envelhecendo e que nossa população economicamente ativa vai diminuir nas próximas duas décadas. “Precisamos fazer nosso dever de casa. Apenas 15% dos jovens entre 18 e 25 anos cursam ensino superior. E o restante, o que faz da vida?”, questiona o diretor do SENAI. Atualmente, cerca de 20 milhões de jovens procuram uma alternativa e, para Lucchesi, um caminho bem atrativo é a qualificação profissional por meio dos cursos do SENAI.

A afirmação de Lucchesi pode ser reforçada com estudos realizados com profissionais formados no SENAI. O primeiro mostra que, um ano depois de obterem o diploma, os trabalhadores de nível técnico conseguem aumentar sua renda em 24%. A pesquisa aponta ainda que 72% dos ex-alunos dos cursos técnicos conseguem trabalho no primeiro ano depois da formatura e têm renda média de 2,6 salários mínimos, o equivalente a R$ 1,6 mil.

LOCAL E ESTRUTURA – São Paulo, que recebe cerca de 11 milhões de turistas anualmente, tem infraestrutura adequada para receber a competição mundial, na avaliação do presidente do Worldskills Internacional, Simon Bartley. Na aprrsentação, o diretor do SENAI vai mostrar que a capital paulista possui uma rede hoteleira com mais de 420 mil quartos, 12 mil restaurantes, três aeroportos, 55 estações de metrô, 90 museus e 39 centros culturais.

As competições serão realizadas no Pavilhão do Anhembi, que possui 76 mil metros quadrados e capacidade para mais de 11 mil pessoas. Foi este local que recebeu a Olimpíada do Conhecimento 2012.

(CNI – Portal da Industria – 05/07/2013) 

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