O principal índice da Bovespa fechou no negativo nesta quinta-feira (28), afetado pelo quadro desfavorável no cenário externo, com ações de bancos mais uma vez pressionadas por apreensão sobre possíveis efeitos de medidas de ajuste das contas públicas sobre o setor.
O Ibovespa, o principal índice da bolsa paulista, caiu 0,48%, a 53.976 pontos. Veja a cotação.
Na semana, a bolsa acumula queda de -0,74% e no mês, de 4,01%. No ano, há valorização acumulada de 7,94%.
Agentes financeiros veem a aprovação no Senado de medida sobre benefícios previdenciários na véspera como novo avanço no esforço fiscal, mas seguem cautelosos quanto à formatação final do ajuste. O Senado aprovou também a elevação de tributos sobre produtos importados.
A bolsa paulista se afastou das mínimas na segunda etapa do dia, em meio ao fortalecimento dos papéis da Petrobras, bem como a aprovação de nova medida visando o ajuste das contas públicas e divulgação de dados fiscais, segundo a Reuters. No cenário internacional, preocupações relacionadas à Grécia, que segue sem acordo com credores internacionais, e números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos afetavam negócios em Wall Street e na Europa, após o enxugamento de liquidez na China pelo banco central do país minar o humor em bolsas na Ásia.
As maiores quedas
A Vale foi uma das principais pressões negativas do dia, perdendo 2,16% após cinco sessões consecutivas de alta. As ações da mineradora acompanhavam o declínio do preço do minério de ferro no mercado à vista na China, após a commodity atingir máxima de quase três meses na sessão anterior, segundo a Reuters. O jornal “The Globe Mail” também informou que a Vale pode vender ativos de potássio em Saskatchewan, no Canadá. A CSN despencou quase 7%, contaminada pelo declínio do minério de ferro, uma vez que também produz a commodity.
Ações de bancos também puxaram a bolsa para baixo, em meio a novos dados mostrando aumento da inadimplência entre as empresas. Itaú Unibanco recuaram 1,18% e 0,62%, respectivamente. Banco do Brasil caiu 2,26%. Investidores também reagiram a notícias de que a equipe econômica analisa a possibilidade de cobrar imposto de renda sobre o rendimento das Letras de Crédito Agrícola (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), reavivando especulações sobre tributação nessas aplicações, segundo a Reuters.
A Petrobras mostrou alguma volatilidade, firmando-se em alta à tarde, com as preferenciais fechando com acréscimo de quase 1%, no segundo pregão seguido de alta, segundo a Reuters. A Petrobras informou em carta aos distribuidores de gás natural que irá encerrar, até o fim deste ano, uma política de descontos vigente desde 2011.
(G1 – 28/05/2015)