Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira (11), dando uma trégua após cinco sessões de queda. A alta foi amparada pela melhora de índices no exterior e pela estabilização dos preços do petróleo. Ações de bancos privados e da Petrobras subiram.Por outro lado, apreensões persistentes no cenário doméstico, particularmente em relação aos ajustes fiscais e ao clima político, ainda sustentaram certa cautela nos negócios. O Ibovespa, principal indicador da bolsa, avançou 1,27%, a 48.905 pontos. O resultado da negociação sobre a tabela do Imposto de Renda entre governo e Congresso Nacional também repercutiu.
“Podemos considerar um avanço o acordo fechado”, disse o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets. “Se não é o ideal do ponto de vista fiscal, é ao menos suportável como colocou Joaquim Levy”, acrescentou, em nota a clientes. As ações da Petrobras fecharam no azul, em alta de cerca de 2,80%. Na véspera, os papéis da empresa recuaram. Já os papéis da Vale caíram mais de 1%. As ações da Braskem despencaram quase 20%, após ter o nome citado nas investigações da operação Lava Jato. O BTG Pactual rebaixou o Brasil para “underweight” (abaixo da média do mercado) em sua estratégia de ações na América Latina em março, citando que as variáveis macroeconômicas continuam a se deteriorar, em um ambiente político que ficou confuso pelo escândalo de corrupção da Petrobras. Análise técnica da Itaú Corretora diz que o Ibovespa está em uma região de indefinição no curto prazo, dentro de uma tendência de baixa de médio prazo. “O mercado possui forte suporte em 47.800 pontos. Abaixo deste, deverá ganhar força para cair. Do lado da alta, em caso de recuperação o Ibovespa encontrará resistência inicial em 49.500 pontos (intradia)”, afirmou em relatório. Na Europa, notícias corporativas como o resultado da Adecco ajudaram o índice FTSEurofirst 300, enquanto o norte-americano S&P 500 oscilava próximo da estabilidade após fortes perdas na véspera.
Na véspera, o Ibovespa recuou 1,80%, a 48.293 pontos.
(G1 – 11/03/2015)