Close

Not a member yet? Register now and get started.

lock and key

Sign in to your account.

Account Login

Forgot your password?

Bolsas caem e dólar avança ante real em clima de aversão a risco

Um movimento generalizado de vendas de ativos de risco afetava os mercados financeiros globais nesta quinta-feira. Esse quadro se configurou depois que dados econômicos nos Estados Unidos, desempenho fraco de economias na Europa e balanços corporativos aquém do esperado nos dois lados do Atlântico referendaram temores sobre o ímpeto da recuperação econômica mundial e nublaram o cenário para lucros. A senha para a correção nos mercados foi a divulgação de dados americanos que endossaram o quadro de recuperação ainda lenta na maior economia do mundo. Os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram na semana passada ao menor nível em sete anos e o índice Empire State de atividade industrial na região de Nova York cresceu em maio bem acima das expectativas. Já a inflação ao consumidor ficou em abril em linha com as projeções e a produção industrial teve em abril a maior queda em um ano e meio. Na Europa, o desempenho melhor do PIB alemão no primeiro trimestre foi ofuscado pela apatia da economia francesa e pela contração em alguns importantes países da zona do euro, como a Holanda. Não bastassem os indicadores mais fracos, os agentes repercutem ainda balanços e previsões de algumas empresas consideradas termômetro da atividade global – como o Wal-Mart, maior varejista do mundo.

Câmbio
As compras de dólares dominam o mercado doméstico de câmbio nesta quinta-feira, com a moeda americana registrando a maior alta em dez dias e atingindo patamares não vistos há uma semana. O movimento local reflete a busca por segurança que golpeia ativos de risco em todo o mundo e impulsiona o dólar contra outras moedas emergentes. Às 13h45, o dólar comercial tinha alta de 0,76%, para R$ 2,2250. O contrato de junho marcava R$ 2,2335, elevação de 0,92%.

“Estamos basicamente acompanhando o exterior, que está passando por uma correção depois de dias mais calmos”, diz o especialista em câmbio da ICAP Corretora, Italo Abucater. No Brasil, segue o debate em torno do futuro do programa de leilões de câmbio do Banco Central (BC). Num breve discurso, o presidente do BC, Alexandre Tombini, evitou dar sinalizações mais claras sobre o tema e disse que os mercados financeiros passam por um momento mais tranquilo, embora ainda restem incertezas. O Banco Central fez a rolagem de todos os cinco mil contratos de swap cambial tradicional ofertados hoje em leilão, adiando o vencimento do equivalente a US$ 247,0 milhões nesses papéis. Com isso, a instituição já rolou cerca de US$ 2,25 bilhões (45 mil papéis) do lote de US$ 9,653 bilhões que vence em 2 de junho. Mais cedo, o BC vendeu todos os quatro mil contratos de swap cambial tradicional ofertados, “injetando” no mercado futuro o equivalente a US$ 198,3 milhões. Com essa operação, o BC aumentou a US$ 88,523 bilhões sua posição vendida em dólar junto ao mercado via swaps. A expectativa é que essa posição do BC termine maio em queda, para US$ 88,208 bilhões, abaixo da de abril (US$ 88,758 bilhões). Isso porque a autoridade monetária tem feito rolagens diárias de apenas cinco mil contrato s de swap. A esse ritmo, a autoridade monetária deixará vencer o equivalente a US$ 4,75 bilhões nesses contratos, de um lote de US$ 9,653 bilhões (193.050 títulos).

(Valor – 15/05/2014)

Login