Em dólar, desvalorização nos últimos 12 meses foi de 34%; Turquia caiu 37%. Considerando a moeda local, mercado brasileiro teve 4ª maior queda, 21,4%, atrás de Turquia, Rússia e Peru. O declínio das empresas brasileiras entre as gigantes globais mostra o mau momento da Bolsa de Valores nacional, que tem a segunda maior queda no mundo nos últimos 12 meses. O Ibovespa amarga uma desvalorização de 34% em dólar, resultado que é só superado pela Turquia (-37%). A líder é a Bolsa venezuelana, com alta de 343%, já que o mercado financeiro local se tornou uma alternativa para a população tentar se proteger da inflação (que subiu 56% em 2013) e da desvalorização da moeda local. No entanto, mesmo quando a comparação é feita com as moedas locais, e não em dólar (que é o padrão nesse tipo de cálculo), a Bolsa brasileira continua na parte de baixo da tabela, o que mostra que a queda não é apenas uma questão cambial. Nos últimos 12 meses, o Ibovespa recuou 21,4% em real, a quarta maior queda no mundo, novamente superado pelo mercado turco e também pelos da Rússia e do Peru (que teve a maior baixa no período, 25,7%).

MAIOR ESTÁ EM 61º

Avaliada em US$ 114 bilhões, a Ambev é atualmente a maior empresa brasileira em Bolsa, com ampla vantagem sobre Petrobras e Vale. No ranking global, porém, está na 61ª posição. A distância do topo reflete uma mudança no cenário mundial, em que as companhias de emergentes perdem presença entre as líderes. Atualmente só há uma empresa de país emergente entre as 20 maiores do mundo: a PetroChina, com valor de mercado de US$ 228 bilhões, em 13º lugar. Ex-líder, a petrolífera chinesa chegou a valer US$ 1 trilhão em 2007.

(Folha de S.Paulo, 10/03/2014)