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Benjamin Steinbruch questiona: ‘Será que o Brasil precisava de tamanho pacote de maldades?’

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) comenta as medidas da área econômica e critica o aumento dos juros. Em artigo no jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (27/01), o vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, qualifica as primeiras medidas da área econômica do governo como um “pacote de maldades”.
Embora admita que algum ajuste fiscal fosse necessário, Benjamin criticou o aumento de juros.

“Na área monetária, os juros foram mais uma vez elevados pelo Banco Central, para 12,25%, taxa sem paralelo na Terra neste momento. Será que o Brasil precisava de tamanho pacote de maldades?”, questionou. Ainda que as medidas tenham a justificativa de melhorar a credibilidade do país, o vice-presidente da Fiesp afirmou ser prudente o governo começar a pensar “em algum pacote compensatório, de bondades”, visando recuperar, principalmente, a autoestima da indústria.

“Nove em cada dez economistas, de todas as tendências, acham que o maior desafio da economia brasileira, para voltar a crescer, é recupera a indústria”, afirmou. Benjamin enfatizou ainda que o aumento de juros foi uma “overdose absurda e desnecessária” e que a austeridade fiscal é muito importante, mas o controle de gastos públicos, indispensável. “É preciso reduzir custos do setor produtivo, oferecer um câmbio favorável às exportações, cortar burocracias, ampliar infraestrutura, baratear o crédito, enfim, dar condições para que o produto brasileiro seja novamente competitivo”, concluiu.

(Agência Indusnet Fiesp – 27/01/2015)

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