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Balança comercial tem superávit de US$ 3,21 bilhões na parcial de junho

As exportações superaram as compras do exterior na última semana, resultando em superávit da balança comercial brasileira em US$ 565 milhões, informou nesta segunda-feira (22) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com o saldo positivo da semana passada, a balança acumulou um resultado positivo de US$ 3,21 bilhões na parcial de junho, até este domingo (21).

O resultado acumulado de junho, que está sendo influenciado pela “exportação” de uma plataforma de petróleo no valor US$ 690 milhões, até o momento é o melhor deste ano. Em janeiro e fevereiro de 2015, houve déficits de, respectivamente, US$ 3,17 bilhões e US$ 2,84 bilhões.

Em março e abril, o saldo ficou positivo em US$ 458 milhões e US$ 491 milhões. Em maio deste ano, por sua vez, o saldo da balança comercial ficou superavitário em US$ 2,76 bilhões – o maior valor para este mês desde 2012 (+US$ 2,96 bilhões) e, também, o melhor resultado mensal fechado de todo este ano.

Plataforma de petróleo

No caso da “exportação” da plataforma de petróleo, operação que já foi realizada em anos anteriores, ela não chegou, porém, a sair do Brasil. Ela foi comprada de fornecedores brasileiros por subsidiárias no exterior e depois “internalizada” no Brasil como se estivesse sendo “alugada”, mesmo sem deixar o país fisicamente. Esse expediente – que é legal e está de acordo com as regras internacionais – permite às empresas do setor recolherem menos tributos. O processo é chamado de “exportação ficta”.

Exportações e importações em junho

De acordo com o governo, as vendas ao exterior somaram US$ 16,63 bilhões na parcial de junho (com a ajuda da plataforma de petróleo), e, com isso, tiveram uma queda de 4,9% sobre junho de 2014. Nesta comparação, as subiram as vendas de produtos manufaturados (+6,5%), mas recuaram as exportações de semimanufaturados (-5%) e de produtos básicos (-11,4%).

As importações, por sua vez, tiveram uma queda de 17,9% no acumulado deste mês, frente a junho de 2014, para US$ 10,41 bilhões. Nessa comparação, recuaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-37,4%), aparelhos eletroeletrônicos (-20,0%), veículos automóveis e partes (-16,4%) e equipamentos mecânicos (-16,2%).
Acumulado do ano

Com o bom resultado do início de junho, a balança comercial, que virou na semana passada e passou a ficar pela primeira vez no ano no azul, ampliou seu saldo positivo. No acumulado de 2015, até 21 de junho, as exportações superaram as compras do exterior em US$ 914 milhões. No mesmo período do ano passado, o saldo estava deficitário (com mais importações do que vendas externas) em US$ 2,71 bilhões. Na parcial de 2015, as exportações somaram US$ 88,33 bilhões, com média diária de US$ 768 milhões (queda de 14,7% sobre o mesmo período do ano passado). As importações, por sua vez, somaram US$ 87,41 bilhões, ou US$ 760 milhões por dia útil, uma queda de 17,7% em relação ao mesmo período de 2014.

Resultado de 2014

Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações. De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.

Estimativas para 2015

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 3,1 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, afirmou que os resultados parciais da balança comercial brasileira indicam que o saldo do ano de 2015 fechado pode ficar superavitário (exportações menos importações) em um valor entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões. Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 3 bilhões para 2015, com exportações em US$ 200 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 197 bilhões.

(G1 – 22/06/2015)

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