Instituição defende a adoção de uma política fiscal mais rigorosa para que o combate à inflação tenha menor impacto sobre a atividade produtiva e o emprego. O aumento de 0,5 ponto percentual nos juros básicos da economia, anunciado nesta quarta-feira (3) indica uma ação mais ativa do Banco Central em controlar a inflação, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste momento, a preocupação do Comitê de Política Monetária (Copom) é necessária porque a inflação continua próxima do limite máximo da meta e há pressões por novos aumentos de preços, vindas das perspectivas de desvalorização da taxa de câmbio, dos reajustes das tarifas públicas e da elevação dos serviços. A CNI alerta que a elevação dos juros para 11,75% ao ano terá efeito negativo sobre o consumo e os investimentos, reforçando, no curto prazo, as dificuldades das empresas. O desafio da política econômica é promover outras ações para conter as pressões sobre os preços e conduzir a inflação para a meta com menor impacto sobre a atividade produtiva e o emprego. A nova alta dos juros exige, simultaneamente, a adoção de uma política fiscal mais rigorosa, com a recuperação dos superávits fiscais e a melhora da dinâmica da dívida pública. Com isso, o país poderá ter uma composição de política macroeconômica mais eficiente, com menores custos para as empresas.
(Portal da Indústria – 03/12/2014)